O Deputado Federal Amir Lando (PMDB-RO) denunciou na tribuna da Câmara dos Deputados o não pagamento do seguro-defeso aos pescadores.
Pelo menos três mil deles foram prejudicados pela cheia da história do Rio Madeira e não receberam nenhum centavo do governo federal, e muito menos explicação da Caixa Econômica Federal, responsável pelo repasse do auxílio.Para o parlamentar, apesar da determinação da Presidente Dilma Rousseff em prorrogar o seguro, até agora nada foi pago aos pescadores. “Eu quero fazer um apelo para que seja providenciado logo esse auxílio para atender os trabalhadores que vivem do pescado. Eles têm famílias e precisam sustentar a sua morada”, destacou.
A colônia é formada por pescadores dos municípios de Guajará-mirim, Nova Mamoré, Pimenteiras, na capital Porto Velho, além dos distritos ribeirinhos de São Carlos, Calama, entre outras regiões afetadas pela cheia. A maioria deles perderam suas casas e seus móveis e foram encaminhadas para abrigos. “O seguro no valor de R$ 724,00 é uma pequena compensação para tentar minimizar a dor dessas pessoas. Mas a burocracia da máquina pública emperra que as coisas aconteçam. Por isso, estou aqui para denunciar e fazer um apelo ao governo federal que resolva essa situação o mais breve possível para atender as dificuldades que os pescadores enfrentam desde o início do ano”, disse Amir Lando.
Crime ambiental
Amir Lando também denunciou os crimes ambientais que acontecem com frequência nas turbinas das Usinas de Jirau e Santo Antônio. Segundo pescadores que se reuniram com o Deputado no último final de semana, milhares de peixes são triturados e moídos devido à força do empuxo das turbinas. “São centenas de milhares de peixes mortos. Antes eram pelas
comportas. Eles eram soltos e empurrados água abaixo. Não é aceitável esse tipo de crime contra a natureza. Se já não bastasse a cheia histórica do Rio Madeira, que trouxe inúmeros prejuízos e desastres ecológicos incalculáveis, agora temos essa elevada taxa de mortandade dos cardumes”, frisou.
O parlamentar solicitou que o Ministério Público de Rondônia e ao IBAMA que tomem providências para evitar esse tipo de desastre. “Nós temos que proteger os pescadores, sobretudo, a fauna e a flora”, finalizou.
Autor: Carlos Terceiro
Foto: Divulgação