Fotos: Divulgação

Os moradores do Assentamento Zé Bentão, localizado na antiga Fazenda Santa Elina, em Corumbiara, denunciam que estão sendo desassistidos e prejudicados por órgãos do Estado e do Governo Federal.

Segundo os relatos, enquanto os invasores da reserva legal adjacente têm vida fácil, demarcando suas áreas e se instalando sem nenhum controle oficial, os assentados enfrentam diversas dificuldades e violações de direitos.

O Assentamento Zé Bentão foi criado pelo INCRA entre 2011 e 2012. A área de reserva legal destinada ao assentamento, de aproximadamente sete mil hectares de mata, foi invadida ao longo dos anos. Invasores desmataram a área, retiraram madeira e dividiram a terra em parcelas de 20 alqueires cada uma. No entanto, os moradores do assentamento enfrentam embargos e falta de fiscalização.

Os assentados, que somam cerca de 700 famílias, incluindo muitos sobreviventes do incidente ocorrido em agosto de 1995, denunciam que estão sendo vítimas de um novo tipo de massacre, desta vez contra seus direitos. Eles relatam que não conseguem acessar crédito e são cobrados pelo Banco do Brasil por financiamentos antigos, devido aos embargos impostos pelo IBAMA. Enquanto isso, os invasores continuam expandindo suas atividades sem impedimentos, chegando a receber ligações de energia elétrica recentemente.

A falta de fiscalização é uma das principais reclamações dos moradores. Eles afirmam que o IBAMA, a SEDAM e o INCRA não tomam medidas para impedir o desmatamento e regularizar a situação dos assentados. Além disso, os órgãos responsáveis jogam a responsabilidade um para o outro, sem resolver a situação. “Estamos aqui há 12 anos em terras embargadas, sem apoio. Decidimos chamar a imprensa para ver se algo muda”, declarou um dos assentados.

Os moradores do Assentamento Zé Bentão clamam por uma solução urgente para suas questões. Eles pedem fiscalização efetiva nas áreas de reserva legal e apoio dos órgãos governamentais para regularizar suas situações. A denúncia foi encaminhada para a imprensa na esperança de que a visibilidade do problema leve a ações concretas para garantir seus direitos e melhorar suas condições de vida.

sicoob

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