Na última terça-feira, 5, termómetros registraram 34,4°C na “Cidade Clima da Amazônia”
Na última terça-feira, 5, termómetros registraram 34,4°C na “Cidade Clima da Amazônia”

O município de Vilhena está vivendo altas temperaturas. Isso devido ao mês de agosto ser, conforme dados da meteorologia, o mês mais “quente” do ano.

Em entrevista ao Extra de Rondônia, o meteorologista Daniel Panobianco, um dos melhores profissionais da área em Rondônia, explicou que, esse ano, há um centro de alta pressão atmosférica, responsável por manter o período natural de estiagem em boa parte do Brasil, mais intenso, devido à uma anomalia do vento em camadas mais elevadas, entre cinco e dez mil metros de Vilhena.

“Com isso, o vento lá em altitude, que já é muito seco naturalmente, chega mais rápido onde nós estamos, literalmente ‘comprimindo’ o ar tornando-o mais aquecido e mais seco. Esse mecanismo recebe o nome técnico de compressão adiabática”, detalhou.

Panobianco afirmou que Vilhena tem média climatológica, num período mínimo de observação de 30 anos, de 32,8°C de temperatura, sendo agosto, o mês mais “quente” do ano, na média. “Tivemos na última terça-feira, 34,4°C e máxima e normalmente, valores acima de 34°C são aferidos somente em setembro ou outubro, período ápice de aquecimento sobre o Brasil”, frisou.

Segundo ele, o calor também tem a ver com a circulação dos ventos na alta coluna troposférica, que mantém os dias mais ensolarados e aquecidos. “Os poucos eventos de friagem, seis até o momento, que chegaram ao sul da Amazônia, não tiveram energia o suficiente para manter a anomalia de temperatura estável. Pelo contrário, tivemos anomalia até positiva de temperatura mínima e máxima”, finalizou.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Vicente Moreira

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