A campanha de eleição de Confúcio Moura ao Governo do Estado, em 2010, custou R$ 13 milhões, mas, somente R$ 9 milhões foram declarados à Justiça Eleitoral. É o que diz José Batista da Silva, em deleção premiada à Polícia Federal, segundo documentos que estão sendo disponibilizados desde a última semana.
O ex-secretário estadual adjunto da Saúde, preso na Operação Termópilas, não só revelou esquemas de corrupção no governo envolvendo Confúcio, suas irmãs, o cunhado e outros asseclas, como entregou provas as autoridades.
Ao revelar sobre o caixa dois da campanha ao governo, em 2010, Batista forneceu uma relação manuscrita por Francisco de Assis, cunhado do governador, dos gastos da campanha eleitoral com a produtora.
José Batista revelou ainda que o controle do caixa dois de Confúcio Moura era feito em um notebook de Assis. O aparelho foi apreendido no dia 04 de março de 2011 com o policial civil Jorge Luiz de Castro Bina, preso na ocasião por disparar tiros em frente a uma loja situada perto do Hotel Vila Rica, em Porto Velho. “Momentos antes da prisão (do policial) eles estavam reunidos no hotel”, disse Batista.
Ele disse, ainda, que Confúcio Moura queria contratar novas empresas, do setor de saúde, em caráter emergencial, para beneficiar pessoas que tinham colaborado na sua campanha política.
Texto: Rondoniagora
Fotos: Rondoniagora