Um dos líderes do partido Democratas em Rondônia, e secretário adjunto da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio (Semtic) Dari de Oliveira ganhou um verdadeiro presente de natal do Governador Confúcio Moura (PMDB) nessa semana. O poder executivo estadual irá colocar em prática um projeto intitulado “Rodovia do Calcário”, que vem sendo defendido, e difundido, por Dari há muito tempo como o primeiro passo para se fomentar a agricultura na região.
O projeto consiste, basicamente, na criação de um ponto de carregamento de calcário às margens da BR-364, em um local estratégico para facilitar o escoamento do produto. A proposta foi apresentada oficialmente ao Governador Confúcio Moura a pouco mais de um ano e somente agora, em dezembro de 2013, o projeto sairá do campo das ideias. Em sua última visita ao Cone Sul Confúcio elogiou a proposta feita por Dari e garantiu que ela já está sendo implantada.
Entenda os dilemas e alternativa de solução para o escoamento do calcário em Rondônia
O solo de Rondônia, e da região Amazônica como um todo, de acordo com Dari de Oliveira, contém mais acidez do que os pertencentes às regiões agrícolas tradicionais do país. Por conta disso a sua preparação exige cerca de três vezes mais calcário do que um solo comum. O calcário é um material barato, e o que o torna inviável para compra é justamente o transporte.
A jazida de calcário do estado de Rondônia fica localizada a cerca de 80 quilômetros do município de Espigão do Oeste. A distância para sair da BR-364, ir até a mina e voltar, encarece o preço final do produto, e oferta deixa de ser interessante para os caminhoneiros, por conta da distância em relação ao preço do frete.
A criação do posto de distribuição às margens da BR-364 acabaria com o problema do percurso e ajudaria no desenvolvimento do setor agrícola de Rondônia. “Propus a criação deste posto de distribuição entre o Marco Rondon e a empresa Dimbra, na BR-364. Atualmente precisa-se percorrer, quem mora em Vilhena, por exemplo, quase 700 km para ir até o calcário e voltar. Com este ponto reduziríamos a distância para 150 km de Vilhena (apenas de ida). O acesso seria facilitado para os municípios do Cone Sul, além da Zona da Mata, e também daqueles que ficam na região central do estado, bem como os pertencentes à área da rodovia 429”, explica Dari de Oliveira.
Para o material chegar até este ponto a alternativa é intensificar o trabalho da Companhia de Minério de Rondônia (CMR). “O governo do estado finaliza a antiga estrada iniciada na época do Governador Valdir Raupp, que corta a região, e os caminhões da CMR ficam levando o calcário até o posto de distribuição. O trabalho fica rápido e ágil”, argumenta o autor do projeto.
Desenvolvimento do setor agrícola
Solucionado o problema do escoamento do calcário o projeto prevê um segundo passo, que é o desenvolvimento do setor agrícola de Rondônia. Assim que o produtor conseguir o calcário com mais facilidade, terá por consequência, maior agilidade na correção do solo e por fim conseguirá melhorar sua produção. A segunda etapa do projeto idealizado por Dari de Oliveira é justamente a propulsão da agricultura rondoniense. “Com o calcário de fácil acesso o governo pode concentrar suas ações de apoio à agricultura apenas em seu desenvolvimento”, diz o autor do projeto, que tem como objetivo dobrar o volume de produção no estado.
Fonte: Extra de Rondônia
Texto: Rômulo Azevedo
Fotos: Decom/ Reprodução