Em entrevista no início da tarde desta terça-feira, 30, a Rádio Planalto, de Vilhena, o Senador da República, Ivo Cassol (PP), mais uma vez não poupou críticas ao governador reeleito de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB).
Além dos ataques proferidos ao seu oponente político, Cassol aproveitou a oportunidade para justificar o resultado catastrófico das últimas eleições, quando empurrou goela abaixo sua irmã, Jaqueline Cassol (PR), candidata ao governo de Rondônia; e sua mulher, Ivone Cassol (PP) ao Senado.
Ele disse que colocou as duas para disputar as eleições porque não concorda com o andamento político-administrativo adotado por Confúcio Moura.
O Senador apelou à fé dos rondonienses, e pediu orações não só a ele, mas também aos juízes e promotores.
Ele comentou a respeito das operações da Polícia Federal que prendeu homens de confiança de Confúcio, acusados de montar um esquema criminoso no governo estadual. Disse que os fornecedores de autopeças estão com pagamentos atrasados, e que estão sendo “estuprados” pelo governo.
Segundo ele, os fornecedores foram forçados a entrar no esquema porque estavam sendo chantageados pelos executivos do Governo do Estado. “Muita gente foi beneficiada com esse esquema, deputados, até o vice-governador. O governador fez campanha com dinheiro podre. E quem o apoiou, de graça, é porque ganhou portaria. Conheço um deles em Rolim de Moura. Ganha R$ 6 mil sem fazer nada”, denunciou.
Cassol enfatizou que não é oposição ao PMDB, ou ao próprio Confúcio, e disse ser oposição à corrupção. “Quem tiver batom na cueca terá que aguentar as consequências”, arrematou.
O senador também destacou a dívida feita pelo governo de Confúcio, em 4 anos, que chega aos R$ 5 bilhões. “Vamos viver dias difíceis por falta de uma gestão séria. Em apenas quatro anos, dobrou a dívida que era de 30 anos. E o culpado não é apenas o governador, e sim quem ajudou a elegê-lo. Todos são cumplices pela falência do Estado”, finalizou.
CONDENADO A PRISÃO
Cassol foi condenado a 4 anos, 8 meses e 26 dias de prisão por crimes cometidos quando foi prefeito de Rolim de Moura, entre 1998 e 2002. Na última semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de prisão do senador Ivo Cassol (PP-RO).
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Divulgação