Na rocha ou na areia? O livro mais lido, aceito e questionado de todos os tempos na história da humanidade, a Bíblia, faz referência a construções alicerçadas sobre dois tipos de solos. Sensato, assim é denominado por Jesus, aquele que constrói sob a rocha, pois ao caírem as chuvas e sobrevierem os ventos permanecerão firmes e inabaláveis. No entanto, construir sob a areia é atitude de insensatos, pois facilmente é levada pelos ventos.
A Educação brasileira não nasceu em berço esplendido. Quando os portugueses iniciaram o processo de colonização do Brasil havia muito a conquistar, especialmente as terras e suas riquezas. No entanto, havia pouco ou nenhum interesse na ordem e muito menos no progresso. Nesse contexto, início de tudo, surge também o início da Educação brasileira. Crianças brancas, negras e índias, tinham as mesmas necessidades, mas não as mesmas oportunidades. As necessidades básicas de um povo, Educação e saúde, cada vez mais evidente eram subjugadas.
Por um longo período nossa educação seguiu doente, desrespeitada e, sobretudo alicerçada em bases de areia, o que explica o motivo de ter sido levada facilmente pelos ventos da ignorância, desordem e pela opinião de alguns malfeitores.
A Educação brasileira seguiu sua jornada rumo ao segundo milênio de forma muito idealista e pouco realista. Hoje, com pouco mais de 500 anos de história, indubitavelmente nossa Educação vive uma era de perspectivas muito mais otimistas. Continuo no padrão idealista de outrora, entretanto completamente focado e ciente da responsabilidade que é estar envolvido nesse processo de construir uma Educação sobre a rocha. O Brasil possui um Plano Nacional de Educação bem definido. Nele está estabelecido nossa localização atual, qual o melhor caminho a ser percorrido e onde precisamos chegar. Eu acredito e você!
José Carlos Arrigo
Secretário Municipal de Educação de Vilhena
Texto: José Arrigo
Foto: Divulgação