Na manhã desta quinta-feira, 21, aproximadamente 300 operários da Construtora Taboca, responsável pela construção do linhão de transmissão de energia de Porto Velho a Araraquara (SP), uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), paralisaram suas atividades na frente de trabalho de Cabixi.
Eles protestam pelo descumprimento de três importantes pontos já negociados com a empresa pelo Sindicato dos Trabalhadores da indústria da Construção Civil (STICCERO), que são plano de assistência médica, visita à família a cada três meses (baixada) e vale cesta básica no valor de R$ 250,000.
Raimundo Soares, o Toco, presidente do STICCERO, esclarece que os trabalhadores estão revoltados com a intransigência da empresa, que havia se comprometido a assinar o acordo negociado com o Sindicato e implantar de imediato as três cláusulas; entretanto, está havendo uma demora injustificável, sendo que os trabalhadores que foram demitidos depois das negociações não tiveram esses direitos indenizados. Essas três cláusulas fazem parte de acordos específicos que o STICCERO tem assinado com as empresas responsáveis por grandes obras no Estado, principalmente do PAC, como é o caso da Construtora Toshiba responsável por outro linhão e com a responsável pela construção da ponte do Rio Madeira.
Os trabalhadores decidiram iniciar a paralisação da obra em protesto pela demora de implantação dessas cláusulas e comunicaram o Sindicato desta decisão. Uma equipe do STICCERO, coordenada pelo presidente Toco, com os diretores Alcires Queiroz e Flademir Bispo, o Romário, além do assessor Borges estão no local. O objetivo do Sindicato é orientar os trabalhadores e garantir uma manifestação pacífica, ao mesmo tempo aguardar uma decisão da Construtora Taboca quanto ao cumprimento das três cláusulas, o que precisa ser feito de imediato, pois os operários estão determinados a só retornarem aos trabalhos após uma definição clara da empresa. Pela manhã, uma viatura da Polícia Militar esteve no local e constatou a normalidade da situação.
Toco esclarece que o STICCERO, a partir da experiência adquirida nas Usinas, desenvolveu uma política sindical de buscar acordos específicos com construtoras de grandes obras, com o objetivo de ampliar os direitos previstos na Convenção Coletiva geral da categoria, que normalmente se destina mais às pequenas empresas locais e obras de menor envergadura, as quais tem menos condições de negociação; sendo que também estas tem melhorado os benefícios, mas num ritmo mais lento. “Não podemos admitir que uma grande empresa, que toca uma grande obra do PAC, queiram pagar menos em Rondônia do que pagam para os seus trabalhadores em outros estados”. Ressalta o sindicalista.
Texto: Assessoria
Foto: Ilustrativa