Uma frase que até pouco tempo era muito comum no Brasil dizia o seguinte: “ Lugar de criança é na Escola”, e isso é a mais pura verdade. Contudo, não basta mais só estar na Escola, é preciso estar na Escola aprendendo.
Meta 5 – Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental.
Estabelecimento de metas por sí só não resolve o problema da falta de qualidade no ensino público brasileiro, além disso é preciso se criar uma nova cultura nessa área. Por muitos e muitos anos os pais mandaram seus filhos à Escola publica com único objetivo, aprender a ler e escrever, não se exigia nada mais que isso. Da mesma maneira, os filhos foram doutrinados à ir para a Escola porque pecisavam aprender a ler e escrever e por fim, a Escola internalizou esse conceito e passou a limitar-se apenas a ensinar ler e escrever. Mas o que há de mal nisso, aprender a ler e escrever? O problema é que quem joga pelo empate, quase sempre perde. São muitos os fatores que envolvem a formação intelectual plena da criança em uma escola e com isso não se pode em nenhuma hipótese, apoiar-se apenas nesses dois pilares.
Aprender o trivial na Escola, ler e escrever, foi deixando de ser prioridade a medida que a universalização do ensino foi acontecendo até chegarmos ao absurdo de nos contentar em apenas o aluno estar na escola. Hoje a mentalidade é outra: O aluno matriculado na Escola púbica precisa ser alfabetizado integralmente até o 3º ano do ensino fundamental, é lei.
Para tanto, os investimentos em formações dos professores estão acontecendo e campanhas com o tema “ alfabetização na idade certa” estão sendo veículadas com propósito de conscientizar a comunidade dessa necessidade.
Certamente só alfabetizar não resolverá o problema da falta de qualidade do ensino público no Brasil. Necessário se faz , urgentemente, que o Ministério da Educação crie programas que padronizem o ensino e o aprendizado, que invista em tecnologia e estrutura laboratorial nas Escolas e sobretudo, estenda a toda Educação básica as formações oferecidas aos educadores desde a iniciação acadêmica até a formação continuada nas Escolas. Somente pensando a Educação desta maneira, poderemos de fato sonhar com uma “Pátria educadora”.
Texto: José Carlos Arrigo
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