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A aeronave caiu em Vilhena (RO) no dia 29 de julho, próximo à divisa com Comodoro (MT)/Fotos: Reprodução
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O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) descartou a existência de crime no acidente aéreo que causou a morte do pecuarista Garon Maia e de seu filho, Francisco Veronezi Maia, de 11 anos. O órgão solicitou ao Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) o arquivamento do inquérito.

A aeronave caiu em Vilhena (RO) no dia 29 de julho, próximo à divisa com Comodoro (MT). O acidente com o bimotor ocorreu cerca de oito minutos após a decolagem do aeroporto de Vilhena. Os corpos de Garon e do filho foram encontrados no dia seguinte (leia mais AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, AQUI).

O caso gerou questionamentos quando um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou Francisco, o menino de 11 anos, pilotando um avião bimotor. Um funcionário da fazenda da família Maia confirmou ao g1 que o homem no vídeo era Garon Maia Filho, pai da criança.

De acordo com informações do g1, os destroços da aeronave foram encontrados em uma área de mata, seis quilômetros além do último ponto registrado pelo radar.

Investigação do MP

No pedido de arquivamento, a promotoria afirmou que não há evidências de crime e que a continuidade do inquérito policial apenas prolongaria o sofrimento dos familiares.

“As razões técnicas, de segurança, de condições e circunstâncias do acidente não são matérias a serem analisadas pelo MP-RO. Todas e quaisquer outras conclusões sobre os fatos devem ser relegadas aos órgãos competentes de controle aéreo”, conclui o pedido.

Apesar do encerramento da investigação pelo MP-RO, o caso segue sob análise do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que emitirá um relatório final ao término do processo. Segundo o órgão, a duração da investigação depende da complexidade do caso e da necessidade de identificar fatores contribuintes.

O que o Cenipa investiga?

O Cenipa iniciou as investigações na mesma semana do acidente. Para determinar os fatores que possam ter contribuído para a queda do avião, são realizadas diversas análises, como:

Perícia nos destroços da aeronave;

Depoimentos de testemunhas da decolagem e pouso;

Recuperação de documentos, dados de inspeções técnicas e de manutenção;

Verificação da qualidade do combustível utilizado.

O vídeo do menino pilotando

O vídeo divulgado nas redes sociais na semana do acidente mostra Francisco Veronezi Maia, de 11 anos, pilotando um avião bimotor ao lado do pai. A gravação foi feita pelo próprio Garon.

Nas imagens, Garon está sentado no banco do copiloto enquanto o bimotor se alinha para a decolagem em uma pista de terra, na zona rural. Ele instrui o filho, pergunta se está tudo certo e pede para ele acelerar a aeronave.

“Peraí, tudo pronto? Nada na frente, tá ok. Vamos lá, 600 cavalos, pode empurrar. 600, Kikão, vai. Nossa Senhora. Mão no manete, mão no manete. Fica com a mão aí e olha a velocidade”, diz Garon no vídeo.

O vídeo também mostra um alerta de proximidade ao solo no painel da aeronave, indicando a necessidade de subir para ganhar altitude. Nesse momento, Garon cobre com a mão o prefixo do avião, impedindo sua identificação.

Em outro trecho da gravação, o pecuarista aparece bebendo cerveja enquanto o filho manuseia sozinho o manche do avião.

“O passageiro pode tomar uma, né Kiko?”, diz ele ao garoto.

O Cenipa ainda não divulgou se o vídeo será considerado na investigação oficial sobre o acidente.

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