Artigo: Humberto Lago

Transparência e credibilidade não são apenas coisas oportunas e desejáveis. Pelo contrário, elas vão muito além disso; são coisas essenciais e profundas; são elementos básicos e indispensáveis na sociedade e administração pública.

Qualquer manipulação nos números das contas públicas deve ser identificada, punida e exterminada, porque são práticas imorais. Ética, integridade, competência e respeito à lei, devem ser presentes nos servidores públicos, de forma nítida. A sociedade deve acompanhar a atuação dos governantes de forma sistemática e isenta.

Se a nação resolver abandonar esses princípios e valores, certamente mergulhará no caos civil e retrocesso social. Isso seria inconcebível e desprezável; iria de encontro ao lema do pavilhão nacional “Ordem e Progresso”.

Esta semana o Banco Central comunicou que está havendo um rombo de R$ 40 bilhões, a mais, no déficit das contas públicas (últimos meses). Ou seja, Banco Central e Ministério da Fazenda estão divergindo quanto ao tamanho do déficit público federal. Há aqui um rombo superior ao que o governo diz existir (ministério da Fazenda).

Em meio a um cenário marcado pela incerteza fiscal, especialistas ouvidos pelo jornal Estadão alertam para a perda de transparência e credibilidade em relação ao resultado primário do Brasil (Infomoney de 16.09.24). Você sabia disso?

Não podemos aceitar isso. Seria uma omissão cruel, silenciar diante dos fatos. A verdade é uma só; ela deve prevalecer; e a seguir vir à público. Desacreditar da gestão governamental, conforme citado acima, afetaria nossos padrões de transparência e credibilidade, desprezando a importância do Orçamento, como instrumento de controle de gastos. Há uma imagem a zelar; não podemos ficar envolvidos na dúvida.

As democracias modernas estão firmadas em três pilares: o poder executivo, legislativo e o poder judiciário. Eles são independentes e autônomos; devem trabalhar em harmonia e equilíbrio; procurar a estabilidade constitucional com regras rígidas.

O Banco Central é um poder independente; é o guardião da moeda; deve garantir o poder de compra da moeda; zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo; fomentar o bem-estar econômico da sociedade; manter as reservas internacionais em nível adequado…

O cidadão brasileiro tem direito a receber respostas rápidas e convincentes. Compreender que R$ 40 bilhões são um montante significativo. Estamos num ano eleitoral; que os despreparados sejam apartados da vida pública. Que haja em nós uma vontade intensa de transparência e credibilidade. Até os índios brasileiros estão politizados e criticando! Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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