Um empresário de Vilhena, dono de uma oficina mecânica especializada em caminhões eletrônicos, foi preso na manhã desta quinta-feira (27) durante uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da Polícia Civil de Vilhena.
A investigação apura furtos de módulos eletrônicos de caminhões, equipamentos que podem custar entre R$ 10 mil e R$ 46 mil, dependendo da marca e modelo.
De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, a Operação Safe Truck foi deflagrada para desarticular um grupo criminoso envolvido em roubos, furtos e receptação de módulos e outras peças de caminhões e carretas. Ao todo, 120 ordens judiciais estão sendo cumpridas nesta quinta-feira (27), incluindo 20 mandados de prisão preventiva, 46 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias e sequestro de veículos.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Capital e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Rondonópolis, além de cidades nos estados de Rondônia, Paraíba, Santa Catarina e São Paulo, incluindo Vilhena (RO), Araçatuba (SP), Araranguá (SC) e João Pessoa (PB).
Grupo criminoso movimentou mais de R$ 60 milhões
As investigações revelaram que o grupo criminoso tem mais de 30 integrantes e uma estrutura bem organizada. Enquanto uma parte do grupo se dedicava aos furtos e roubos, outra era responsável pela venda das peças para oficinas e empresas em Mato Grosso e outros estados.
Os furtos eram cometidos em diversas regiões do país, e as peças eram despachadas diretamente aos líderes do esquema por transportadoras.
Lavagem de dinheiro
A análise financeira dos investigados revelou movimentações atípicas e incompatíveis com os rendimentos declarados. As investigações também apontaram indícios de lavagem de dinheiro, com valores vultosos circulando entre os membros da organização criminosa.
A cooperação entre diferentes unidades da Polícia Civil e o compartilhamento de informações com outras forças policiais foram essenciais para o avanço das investigações. O cruzamento de dados bancários, registros telefônicos e informações de campo permitiu um mapeamento detalhado da atuação do grupo.
Com os avanços da investigação, foram solicitadas prisões preventivas, buscas e apreensões, além do bloqueio de ativos financeiros. As medidas visam não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também interromper suas atividades criminosas e recuperar os valores obtidos ilegalmente.
Apoio operacional
A operação contou com a participação de 162 policiais do Estado de Mato Grosso, além de equipes das Polícias Civis de Araçatuba (SP), Vilhena (RO), Araranguá (SC) e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado de João Pessoa (PB), que disponibilizaram 20 policiais para o cumprimento das ordens judiciais.
Nome da Operação
A Operação Safe Truck foi nomeada em referência ao seu objetivo principal: garantir segurança aos profissionais que trabalham com caminhões e carretas em Mato Grosso.
Entre os alvos identificados estão empresas localizadas em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, além de ramificações criminosas em Rondônia, Paraíba, Santa Catarina e São Paulo.
