Recentemente, empresários norte-americanos reclamaram que o Brasil fechou seu mercado para investidores estrangeiros, em duas áreas: 1ª Telefonia; e 2ª Etanol. Ou seja, eles estão impedidos de investir nesses setores e não aceitam esse fato.
1.-Telefonia Celular: Segundo a Anatel, o total de aparelhos celulares existentes no país, importava em 262,9 milhões de unidades, assim distribuídos percentualmente: 1º. lugar Vivo com 38,9% do mercado brasileiro; 2º.Claro, com 33,1%; 3º. Tim, com 23,5%; e 4º. Outros, com 4,5%.
Em outras palavras, apenas 3 empresas (Vivo, Claro e Tim) detém 95,5% do mercado; ou seja, há uma enorme concentração, num número reduzido de participantes. Isso não é bom; é um poder enorme depositado nas mãos de apenas 3 operadoras. Quando isso ocorre, o bom senso alerta a todos sobre a nefasta formação de carteis, manipulações de preços, monopólios regionais etc.
O Brasil é o 5º. país com maior número de celulares no mundo. Contudo, em termos de serviços de telefonia, ele está na 15ª posição no ranking mundial. Isso mostra que apesar da quantidade absoluta de usuários de smartphones ser entre as maiores do mundo, quase metade da população brasileira ainda não dispõe de um celular!
Se tivéssemos um mercado aberto, grandes investidores internacionais poderiam vir para o país, incentivando a modernização do mercado, estímulo à concorrência e por fim redução de preços. Muitos ainda relutam em abandonar a restrição de mercado.
Já evoluímos no mercado de telecomunicações; isso não significa que estamos acompanhando a rápida evolução tecnológica, a boa gestão de negócios, a diversificação dos serviços ofertados ao público… Nada é tão saudável e oportuno, como uma abertura internacional dessa área, aos investidores estrangeiros, como já fazem sistematicamente os países desenvolvidos.
2.-Etanol: Há uma corrida intensa de consumidores de etanol do mundo ao Brasil, para adquiri-lo e usá-lo, inclusive na aviação comercial. Entretanto, a exploração e produção do mesmo, internamente, está regulamentada pelo governo.
Há 20 anos falava-se que grupos estrangeiros estudavam a compra de participação acionária em algumas usinas de cana de açúcar. Mas o assunto não evoluiu. E a recente decepção da parceria Cosan x Shell, tem impactado e desestimulado a muitos.
Vale lembrar que ele pode ser extraído (além da cana), também do milho, aveia, arroz, cevada, trigo e sorgo. A despeito de certas coisas negativas, nosso país cresce, aprimora sua agricultura, avança na tecnologia, gerando riqueza e emprego. Graças a Deus por isso. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.
