A concessão da hidrovia do rio Madeira começou a ser debatida, nesta terça-feira (10), durante uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura (CAE).
O trecho de mais de 1 mil km, compreendido entre Porto Velho e a foz do rio Amazonas é considerado uma das maiores rotas de escoamento de produtos do Brasil.
Para o senador Jaime Bagattoli (PL), integrante da Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA), é inegável a urgência de se desenvolver a navegação no interior do país, mas alertou para o risco de reajuste na tarifa projetada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
“Quem paga esse custo é o cara que está plantando temos que ter responsabilidade com quem produz. Todo custo que tiver de logística, quem paga é só o produtor. Se a tarifa realmente funcionar com R$ 0,80, seria um valor baixíssimo. Mas temos que ver se isso vai ser realmente mantido lá no futuro. Só peço que seja bem esclarecida essa situação, para não começar com R$ 0,80 e daqui a pouco estar em R$ 8 a tonelada”, argumento o senador.
A concessão da hidrovia está sob análise da Antaq. Segundo os seus defensores, a concessão deve torná-la a principal via de escoamento de grãos produzidos em Rondônia e Mato Grosso.
O assunto deve ser retomado, em breve, em outras sessões da casa.
