sexta-feira, 05 de dezembro de 2025.

Vilhena reforça aplicação de vacina contra sarampo após surto da doença na Bolívia; secretário alerta

Medida visa proteger bebês em meio ao risco de reintrodução do vírus no território brasileiro
Cidade de Vilhena / Foto: Divulgação

Após ter sido considerado erradicado no Brasil, o sarampo voltou a representar uma ameaça à saúde pública devido à queda nas coberturas vacinais em diversas regiões do país.

A doença, que já foi uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo, é altamente contagiosa e pode levar a complicações graves, especialmente entre crianças menores de cinco anos e pessoas não vacinadas.

Segundo o Ministério da Saúde, o sarampo é uma infecção viral aguda, transmissível e extremamente contagiosa, com sintomas que incluem febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Por se assemelhar a outras doenças virais, o diagnóstico precoce é fundamental para conter surtos e evitar complicações.

Neste sentido, Vilhena está reforçando a aplicação da dose zero da vacina contra o sarampo para crianças de 9 a 11 meses de idade, conforme diretrizes da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (AGEVISA).

A medida visa proteger os bebês em meio ao surto da doença na Bolívia e ao risco de reintrodução do vírus no território brasileiro. A dose zero é uma estratégia preventiva adicional e não substitui as doses regulares do calendário nacional: 12 meses: 1ª dose (Tríplice Viral – D1) e 15 meses: 2ª dose (Tetra Viral ou Tríplice Viral + Varicela – D2)

A iniciativa é especialmente importante devido ao alto risco de complicações do sarampo em crianças menores de um ano, como pneumonia, encefalite e óbito.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça o alerta à população: a vacinação é a única forma eficaz de prevenção contra o sarampo. A imunização está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e é indicada para crianças e adultos que não tenham comprovação de esquema vacinal completo, deve completa-lo, conforme faixa etária. População de 01 ano a 29 anos 02 doses; Pessoas de 30ª 59 anos dose única; Profissionais de saúde 02 doses independentemente da idade.

“O sarampo não deveria mais ser uma preocupação no Brasil. No entanto, com a redução na adesão à vacinação, voltamos a registrar casos da doença. É fundamental que os pais, responsáveis e a população em geral mantenham o cartão de vacinação em dia”, alerta o secretário municipal de saúde, Wagner Wasczuk Borges.

Borges disse que não existe tratamento específico para a infecção por sarampo e que os medicamentos disponíveis servem apenas para aliviar os sintomas, como febre e desconforto, e o uso de antibióticos é contraindicado, exceto quando há infecções secundárias.

Para casos sem complicação, a recomendação é manter a hidratação, o suporte nutricional e o controle da temperatura corporal. Crianças acometidas podem levar de quatro a oito semanas para recuperar o estado nutricional.

O Ministério da Saúde também recomenda o uso de vitamina A (palmitato de retinol) para todas as crianças com suspeita de sarampo, mediante avaliação profissional, a fim de reduzir a mortalidade e prevenir complicações.

“Diante de qualquer sintoma suspeito, é essencial procurar a unidade de saúde mais próxima. Não se automedique e evite a exposição de outras pessoas até o esclarecimento do diagnóstico. Proteja sua família, proteja a comunidade: vacine-se contra o sarampo. A prevenção está ao alcance de todos. Vacinas salvam vidas”, finalizou Borges.

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