
Defensora pública de Vilhena Bruna Grobberio Trancoso, faz um alerta importante à população sobre um golpe que vem se espalhando na região, envolvendo processos judiciais e falsos representantes da Defensoria Pública.
Na manhã desta segunda-feira, 23, durante visita ao Extra de Rondônia a defensora -explicou que, por regra, os processos judiciais são públicos. Isso significa que terceiros podem acessá-los e consultar informações como nomes das partes envolvidas, endereços, telefones e o conteúdo completo do processo.
“Golpistas estão usando esses dados para entrar em contato com nossos ‘assistidos’, termo que usamos para as pessoas atendidas pela Defensoria, se passando por servidores da instituição. Eles dizem, por exemplo: ‘Sou advogado da Defensoria Pública. Ganhamos a causa, foi expedido um alvará de liberação em seu favor e você tem um valor a receber do Estado’”, esclarece a defensora.
Ela explica que a fraude é convincente porque os criminosos possuem dados verdadeiros, como número do processo e telefone, e até utilizam a logomarca da Defensoria em mensagens pelo WhatsApp para dar credibilidade. “No fim da conversa, eles pedem dinheiro, alegando, por exemplo, que se trata de uma taxa para ‘liberar valores’ ou ‘agilizar o atendimento’. O objetivo é ganhar a confiança da vítima para solicitar pagamentos indevidos”, alerta Bruna.
A defensora pública ressalta que a Defensoria é uma instituição pública e 100% gratuita. “Jamais aceitem pagar qualquer valor. Se tiverem dúvidas, procurem a Defensoria presencialmente ou entrem em contato com nossa central de atendimento pelo WhatsApp oficial: (69) 9 9231-0036, destinado à marcação de atendimentos”, orienta.
Ela informa ainda que já foram reportados diversos casos desse tipo à Defensoria em Vilhena, e que muitas pessoas buscam a instituição para confirmar a veracidade das mensagens recebidas.
“Os golpistas, em algumas situações, fazem chamadas de vídeo pelo WhatsApp, mas mantêm a câmera desligada e pedem que a vítima mantenha a dela ligada. Assim, ganham confiança para coletar informações pessoais, como dados bancários. Por isso, nosso foco principal é a prevenção e a conscientização da população para evitar que mais pessoas sejam enganadas”, enfatiza a defensora.
Por fim, Bruna reforça que essa prática configura crime e orienta as vítimas a registrarem boletim de ocorrência para que as autoridades possam investigar e combater os responsáveis.
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