O prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro Junior (Podemos), visitou a redação do Extra de Rondônia na manhã desta sexta-feira, 10, para falar a respeito da concessão do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) no município.
De acordo com o prefeito, o motivo principal da decisão de repassar a autarquia à iniciativa privada é resolver os problemas que afligem à população, com relação à distribuição de água no município e as obras de saneamento básico, paralisadas há 4 anos.
O Extrato de Acordo de Cooperação n. 001/2025, que analisa a questão da concessão, foi publicado na última quarta-feira, 8, no Diário Oficial do Município de Vilhena (DOV).
Conforme o documento, o objeto é estabelecer cooperação mútua, técnica, administrativa e operacional entre o município de Vilhena e o Instituto Movimento “Cidade Inteligentes”, visando ações de estudo, pesquisa, capacitação e fomento de soluções para a promoção de desenvolvimento sustentável no planejamento urbano inteligente, do saneamento básico e do desenvolvimento de cidades inteligentes.
Para Flori, a privatização do SAAE é a única solução para resolver estes problemas que envolvem mais de R$ 100 milhões. “Vilhena cresceu de forma desordenada. Temos mais de 102 bairros, sendo que deles 1/3 nasceu irregular, com sua ocupação aprovada sem mínimas condições de infraestrutura. Devido a toda esta situação é que hoje estamos com problemas no sistema de abastecimento de água. Além disso, para recomeçar obras de saneamento básico, paralisadas há quatro anos, a única solução é a privatização. Já analisamos outras alternativas, mas sem sucesso, já que essa obra envolve um valor superior a R$ 100 milhões para ser concluída. O município não tem técnica e nem recursos para uma obra dessa envergadura”, explicou o mandatário municipal ao Extra de Rondônia.
Com a privatização do SAAE, existe a expectativa de reajustar a tarifa de água no município. Inicialmente, Flori lembrou que Vilhena tem uma tarifa de água bastante reduzida, mas que eventual reajuste será condizente à real situação do município. “Quem vencer a licitação, terá que saber a situação dos vilhenenses. Eu sei que o empresário visa lucro, mas isto deverá ser sem ‘esfolar’ a população”, analisa.
EXPECTATIVAS PARA 2025
Com relação às expectativas da gestão municipal para 2025, Flori explicou que trabalha para manter a estabilidade econômica/administrativa e assim poder organizar o Município. “Parece fácil, mas temos que vencer vários obstáculos, como a classe classista, individual (como daquele servidor que trabalha pouco e recebe muito), interesses de alguns da classe empresarial e política. São desafios que temos e estimula que o Município trabalhe de forma desorganizada.