
Na noite de terça-feira (25), a guarnição da Patrulha Reforço realizava patrulhamento de rotina pela Rua 8504, no bairro Assossete, em Vilhena, quando os militares avistaram, no interior de uma residência, uma bicicleta branca e rosa da marca Mormaii, cujas características coincidiam com as de uma bicicleta mencionada em um grupo restrito de policiais. No grupo, havia um relato sobre uma tentativa de furto a um estabelecimento comercial.
Diante da suspeita, a equipe policial parou a viatura para averiguação. Ao se aproximarem do imóvel, os agentes constataram que o portão e a porta principal estavam abertos. O local apresentava grande acúmulo de lixo, indicando possível abandono.
Para confirmar a suspeita sobre a bicicleta, os policiais entraram em contato com um policial penal, que havia publicado a tentativa de furto no grupo. O agente informou que não houve registro da ocorrência, pois o crime não chegou a ser consumado, mas reconheceu que a bicicleta encontrada era bastante semelhante à do vídeo compartilhado.
Durante a vistoria do imóvel e do perímetro, os policiais localizaram uma casa de cachorro, onde foi encontrada uma arma de fogo artesanal do tipo garrucha, calibre .32, sem numeração aparente, acompanhada de dois cartuchos do mesmo calibre – um deflagrado e outro intacto.
Diante da presença de armamento e da situação de flagrância, a guarnição entrou na residência para uma inspeção mais detalhada. O local aparentava estar abandonado, sem energia elétrica, com pouca mobília e sinais de moradores.
Sobre um sofá, os agentes encontraram duas bolsas. Em uma delas, de cor marrom, havia 13 cartuchos de munição calibre .32 (sendo um deflagrado), 10 munições calibre .22 intactas e uma munição calibre .38 intacta.
Na outra bolsa, foram localizados diversos eletrônicos e bijuterias, incluindo fones de ouvido, carregadores, caixa de som e brincos, todos ainda embalados e sem sinais de uso, sugerindo que poderiam ser produtos de origem ilícita.
Em busca de mais informações, a equipe tentou contato com moradores vizinhos. Nesse momento, um homem identificado como L.C.R., se apresentou como proprietário da residência.
Questionado sobre a bicicleta branca e rosa, L., afirmou que não lhe pertencia e que desconhecia sua origem. Alegou que costuma deixar o portão aberto ao sair de casa e que outra bicicleta, de cor preta, também estava no imóvel sem que ele soubesse de sua procedência.
Sobre a arma de fogo, L., declarou que a adquiriu há cerca de um ano, pelo valor de R$ 700,00, quando morava em uma chácara. Quanto às bolsas contendo munições e eletrônicos, alegou ter encontrado os objetos próximos a um mercado há cerca de uma semana, mas não comunicou às autoridades por medo de ser responsabilizado tanto pelas munições quanto pela possível procedência ilícita dos eletrônicos.
Diante dos fatos, L., recebeu voz de prisão e foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil para o registro da ocorrência.