
Em um caso que chocou a sociedade de Pimenta Bueno, o Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve, no Tribunal do Júri, a condenação de um homem pelo homicídio do enteado, pela tentativa de feminicídio da companheira à época dos fatos e pela tentativa de homicídio contra outras três pessoas.
Os crimes, cometidos em contexto de violência doméstica, resultaram em uma pena de 60 anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado.
O julgamento ocorreu na última quarta-feira (2/4), na comarca local, com a atuação das Promotoras de Justiça Luciana Maria Rocha Ponte Damasceno e Rafaela Afonso Barreto. O MPRO sustentou a existência de qualificadoras nos crimes, incluindo motivo torpe (ciúmes), recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e o uso de arma de fogo de uso restrito.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu mantinha uma postura violenta em relação à esposa e aos filhos dela – um jovem de 19 anos e uma adolescente de 14 anos, seus enteados.
Na noite de 24 de março de 2024, a mulher passou mal e foi socorrida pelo filho mais velho. Nesse momento, o réu, em estado de embriaguez, invadiu a residência e, movido por ciúmes, atirou na nuca do enteado, que morreu no local.
A companheira do réu entrou em luta corporal com ele e conseguiu fugir para a casa de vizinhos, levando a filha menor. O agressor perseguiu as vítimas e tentou invadir a residência, mas foi impedido. Ainda assim, disparou contra a mulher e a vizinha, que tentavam barrar sua entrada. Os tiros só cessaram com a chegada da Polícia Militar.
Diante das provas e dos argumentos apresentados pelo Ministério Público, o conselho de sentença condenou o homem pelos crimes de homicídio qualificado, duas tentativas de feminicídio e duas tentativas de homicídio, totalizando uma pena de 60 anos de prisão em regime fechado.