
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3), a Operação Igarapé Lage para investigar um grupo criminoso suspeito de grilar terras na Terra Indígena Igarapé Lage, localizada em Rondônia.
O grupo é acusado de dividir uma área de 20 km em 100 lotes para venda ilegal, desconsiderando que terras indígenas são propriedade da União e de uso exclusivo dos povos indígenas.
Entre os envolvidos, dois indivíduos se apresentavam como “engenheiro” e “advogado”, incentivando invasões e ocupações ilegais na área.
A Terra Indígena Igarapé Lage foi demarcada em 1981 e abriga cerca de mil habitantes em seis aldeias. Desde o final de 2022, mais de 800 hectares foram desmatados, com registros de queimadas ilegais e ataques a indígenas, incluindo um episódio em que uma casa foi incendiada.
Durante a operação, policiais federais, com apoio da FUNAI e do IBAMA, realizaram a desintrusão da área, expulsando invasores e destruindo construções clandestinas, como pontes — algumas com mais de 200 metros de extensão.
Somente em 2024, a Polícia Federal já realizou mais de oito operações de desintrusão na TI Igarapé Lage, contando com a participação de centenas de agentes da PF, Exército Brasileiro, FUNAI, IBAMA, Polícia Militar e Força Nacional.