
Na noite de sexta-feira (2), a guarnição da Rádio Patrulha foi acionada para atender uma denúncia de perturbação do sossego na Rua 101-08, no residencial Maria Moura, em Vilhena. Segundo informações repassadas à polícia, o volume do som vindo de uma residência estava extremamente alto.
Ao chegarem no local, os policiais confirmaram a presença de som em volume ensurdecedor no interior da casa. Após diversas tentativas de contato, um adolescente identificado como J., afirmou ser o responsável pelo imóvel na ausência de sua mãe.
Com a devida autorização, os policiais entraram na residência e encontraram, na cozinha, as menores K., e K.B., além dos adultos C.D., e O.J. Todos estavam ingerindo bebidas alcoólicas e fumando narguilé, um dispositivo de origem oriental utilizado para o consumo de tabaco.
Em um dos quartos, a avó das crianças, I.J., foi localizada dormindo, sendo necessário que uma das crianças a acordasse. Durante a abordagem, foi realizada revista pessoal nos envolvidos, mas nenhum item ilícito foi encontrado. No entanto, todos, exceto as menores e a senhora I., admitiram uso de álcool, tabaco e até de maconha, chegando a afirmar que a droga “já está na mente”.
A adolescente K., revelou que o irmão, J., também consumiu bebidas e fumou narguilé junto com os adultos e que situações semelhantes já aconteceram anteriormente, sempre com a autorização da mãe. A origem dos materiais, porém, não foi informada.
A mãe das crianças foi localizada via telefone e, embora não tenha revelado seu paradeiro, informou que se dirigiria até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp). Uma conselheira tutelar foi acionada para acompanhar a ocorrência.
Em depoimento, a mãe confirmou que tem conhecimento do uso de cigarros eletrônicos e narguilé pelos filhos e disse que permite o consumo dentro de casa “para evitar que façam isso na rua”, conforme registrado em vídeos encaminhados à polícia.
J., assumiu ser o dono dos dispositivos e, de forma espontânea, declarou que tem ciência dos malefícios à saúde, mas que os utiliza para relaxar. A guarnição informou os jovens sobre os riscos do uso dessas substâncias, bem como sobre a proibição de comercialização imposta pela Anvisa.
Diante dos fatos, C.D., O.G., e C.J., mãe das crianças, receberam voz de prisão por permitir e participar de atos ilícitos envolvendo menores. C.J., se apresentou voluntariamente à Unisp, enquanto os demais foram conduzidos pela polícia. A avó I., devido à idade avançada, permaneceu na residência cuidando da menor K., de apenas seis anos.
A ocorrência foi encaminhada às autoridades competentes para as providências legais cabíveis.