sábado, 21 de junho de 2025.
Posto Miriam

Diferença entre artrite e artrose nas mãos: entenda

Vip
https://www.urbanexpressvilhena.com.br/

Saiba a diferença entre artrite e artrose nas mãos, suas principais características, sintomas e tratamentos. Conheça as causas e como prevenir essas doenças articulares.

Você já sentiu dores nas juntas dos dedos e ficou em dúvida sobre qual problema poderia estar enfrentando?

Muitas pessoas confundem condições articulares que, apesar de apresentarem sintomas parecidos, possuem origens e tratamentos distintos.

As doenças reumáticas afetam milhões de brasileiros anualmente.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 15% da população sofre com algum tipo de problema nas articulações, sendo as mãos uma das regiões mais afetadas devido ao uso constante no dia a dia.

Quando falamos sobre a saúde das mãos, é fundamental compreender que artrite e artrose são condições diferentes.

A primeira está relacionada principalmente a processos inflamatórios, enquanto a segunda resulta do desgaste natural das cartilagens com o passar dos anos.

especialista em mãos, Dr. Henrique Bufaiçal pontuou que, o diagnóstico correto faz toda diferença no tratamento e na qualidade de vida do paciente.

Um especialista consegue identificar cada condição através de exames específicos e da análise detalhada dos sintomas apresentados.

Neste artigo, vamos explorar as características que distinguem essas duas condições, ajudando você a entender melhor os sinais que seu corpo pode estar enviando e quando é hora de buscar ajuda médica especializada.

O que são doenças articulares nas mãos

As mãos possuem um intrincado sistema de articulações que, quando comprometido por doenças, pode resultar em limitações significativas nas atividades diárias.

Estas estruturas permitem movimentos precisos e delicados, fundamentais para tarefas simples como segurar um copo ou complexas como tocar um instrumento musical.

Quando afetadas por condições patológicas, as articulações podem apresentar desde desconforto leve até dor intensa e deformidades.

A artralgia, termo médico que designa dor articular, é frequentemente o primeiro sinal de que algo não está bem com as articulações das mãos.

Esta dor pode ser acompanhada por outros sintomas como rigidez, inchaço e limitação de movimento, dependendo da doença específica que afeta o paciente.

A inflamação articular representa um processo comum em diversas patologias que acometem as mãos, podendo ser aguda ou crônica.

Quando não tratada adequadamente, esta inflamação pode levar a danos permanentes nas estruturas articulares, comprometendo a funcionalidade das mãos a longo prazo.

Anatomia das articulações das mãos

As mãos humanas são compostas por 27 ossos que formam múltiplas articulações, cada uma com função específica.

As articulações metacarpofalangeanas conectam os ossos da palma (metacarpos) aos primeiros ossos dos dedos, permitindo movimentos de flexão e extensão.

Já as articulações interfalangeanas unem as falanges entre si, possibilitando a dobra dos dedos. Na base do polegar, encontra-se a articulação carpometacarpiana, responsável pelos movimentos de oposição que nos permitem segurar objetos.

Cada articulação é revestida por cartilagem, tecido que amortece o impacto entre os ossos durante o movimento.

A membrana sinovial produz o líquido sinovial, que lubrifica as articulações, enquanto ligamentos e tendões estabilizam e movimentam estas estruturas.

Principais doenças que afetam as articulações das mãos

Além da artrite e artrose, que serão detalhadas posteriormente, diversas outras condições podem afetar as articulações das mãos.

A tendinite, inflamação dos tendões, frequentemente acomete o polegar e punho, causando dor durante movimentos específicos.

A síndrome do túnel do carpo ocorre quando há compressão do nervo mediano no punho, resultando em dormência, formigamento e fraqueza nas mãos.

O dedo em gatilho caracteriza-se pelo travamento do dedo em posição flexionada, causado pela inflamação da bainha do tendão.

A doença de Dupuytren provoca o espessamento e contração da fáscia palmar, levando à flexão permanente dos dedos.

A gota, embora mais comum nos pés, também pode afetar as mãos, causando episódios agudos de inflamação articular extremamente dolorosa.

Diferença entre artrite e artrose nas mãos

Embora frequentemente confundidas, artrite e artrose são condições que afetam as mãos de maneiras significativamente diferentes.

Ambas causam dor e limitação funcional, mas seus mecanismos, progressão e tratamentos variam consideravelmente.

Entender essas diferenças é fundamental para o diagnóstico correto e a abordagem terapêutica adequada.

Características da artrite: doença inflamatória

A artrite é essencialmente uma doença inflamatória que afeta as articulações das mãos. O processo inflamatório ocorre quando o sistema imunológico ataca a membrana sinovial, que reveste e protege as articulações, causando inchaço, vermelhidão e calor local.

Na artrite reumatoide, forma mais comum de artrite inflamatória, o corpo produz anticorpos que atacam os tecidos saudáveis das articulações.

Este mecanismo autoimune provoca inflamação crônica que, se não tratada, pode levar à destruição progressiva das estruturas articulares.

Uma característica marcante da artrite nas mãos é a simetria das lesões, afetando as mesmas articulações em ambas as mãos simultaneamente.

Os sintomas tendem a ser mais intensos pela manhã, com rigidez matinal que pode durar mais de uma hora, melhorando com o movimento ao longo do dia.

Características da artrose: doença degenerativa

A artrose, também conhecida como osteoartrite, é uma doença degenerativa caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem articular.

Diferentemente da artrite, o processo principal não é inflamatório, mas sim de deterioração das estruturas que amortecem o contato entre os ossos.

Nas mãos, a artrose afeta principalmente as articulações distais dos dedos e a base do polegar. Com o tempo, a cartilagem vai se desgastando, tornando-se mais fina e menos eficiente em sua função de proteção.

Isso resulta no atrito direto entre os ossos, causando dor e formação de osteófitos (popularmente conhecidos como “bicos de papagaio”).

A progressão da artrose é geralmente lenta e assimétrica, podendo afetar mais uma mão que a outra. A dor tende a piorar com o uso das articulações e melhorar com o repouso, padrão oposto ao observado na artrite.

Quadro comparativo: artrite x artrose

Característica Artrite Artrose
Natureza Inflamatória Degenerativa
Idade típica 30-50 anos Acima de 50 anos
Padrão de dor Pior pela manhã, melhora com atividade Pior com atividade, melhora com repouso
Distribuição Simétrica (ambas as mãos) Frequentemente assimétrica
Rigidez matinal Prolongada (>1 hora) Breve (

Compreender a diferença entre artrite e artrose nas mãos é essencial para buscar o tratamento adequado e adotar medidas que possam retardar a progressão dessas condições, preservando a funcionalidade e qualidade de vida.

Causas e fatores de risco

A identificação das causas e fatores de risco associados à artrite e artrose nas mãos permite uma abordagem preventiva mais eficiente.

Embora ambas as condições afetem as articulações, suas origens são distintas e compreendê-las ajuda tanto no diagnóstico quanto no tratamento adequado.

Conhecer esses fatores também possibilita adotar medidas que podem retardar a progressão dessas doenças.

Fatores que contribuem para o desenvolvimento da artrite

A artrite reumatoide é essencialmente uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca erroneamente os tecidos que envolvem as articulações.

Esse processo inflamatório causa a dor nas articulações das mãos e outros sintomas característicos. Embora sua causa exata permaneça desconhecida, fatores genéticos desempenham papel importante.

Pesquisas indicam que certas variações genéticas aumentam a suscetibilidade à doença, especialmente quando combinadas com gatilhos ambientais.

Fatores hormonais também explicam por que a artrite reumatoide afeta mulheres com frequência duas vezes maior que homens.

Os sintomas da artrite reumatoide geralmente começam a se manifestar entre os 30 e 40 anos, com incidência crescente conforme o avanço da idade.

Fatores que contribuem para o desenvolvimento da artrose

A artrose, diferentemente da artrite, desenvolve-se principalmente por fatores mecânicos e degenerativos. O desgaste natural das articulações com o envelhecimento é uma das principais causas, mas não é a única.

O uso excessivo das articulações em atividades repetitivas, especialmente em certas profissões que exigem movimentos manuais constantes, acelera o processo degenerativo.

Traumas prévios e lesões nas mãos também podem desencadear a artrose anos depois do evento inicial.

Outros fatores significativos incluem a hereditariedade, excesso de peso, inatividade física e desequilíbrios musculares ou posturais.

Condições médicas pré-existentes mal tratadas também podem evoluir para quadros de artrose nas mãos, comprometendo a mobilidade e causando dor crônica.

Grupos de risco e predisposição genética

Pessoas com histórico familiar de doenças articulares apresentam maior risco tanto para artrite quanto para artrose.

Estudos genéticos identificaram marcadores específicos que aumentam a predisposição a estas condições, permitindo identificar grupos de maior vulnerabilidade.

Mulheres acima de 40 anos formam o principal grupo de risco para artrite reumatoide, enquanto a artrose tende a afetar mais pessoas acima de 60 anos, independentemente do gênero.

Profissionais que submetem as mãos a esforços repetitivos também constituem um grupo de risco significativo.

A obesidade representa um fator de risco comum para ambas as condições, pois o excesso de peso aumenta a carga sobre as articulações e pode promover processos inflamatórios sistêmicos.

Pessoas com lesões prévias nas mãos ou punhos também devem manter acompanhamento médico regular para monitorar o possível desenvolvimento dessas doenças.

Sintomas e manifestações clínicas

A artrite e a artrose nas mãos manifestam-se através de sintomas específicos que, quando bem observados, auxiliam na diferenciação entre essas condições.

Embora ambas causem desconforto e afetem a funcionalidade das mãos, seus sinais clínicos apresentam particularidades importantes para o diagnóstico correto e tratamento adequado.

Sintomas comuns da artrite nas mãos

A artrite reumatoide, principal forma de artrite que afeta as mãos, caracteriza-se por ser uma doença inflamatória sistêmica que ataca as articulações de forma simétrica.

Os pacientes frequentemente relatam sintomas que surgem gradualmente e afetam ambas as mãos simultaneamente.

Rigidez articular e inflamação

A rigidez articular matinal é um dos sintomas mais característicos da artrite nas mãos. Esta rigidez tipicamente dura mais de uma hora após o despertar, diferentemente de outras condições articulares.

As articulações afetadas apresentam sinais clássicos de inflamação: vermelhidão, calor local e edema visível.

O inchaço nas articulações dos dedos tende a ser simétrico, afetando as mesmas articulações em ambas as mãos.

Com o tempo, essa inflamação persistente pode levar à destruição da cartilagem articular e ao desenvolvimento de deformidades características.

Dor e limitação de movimentos

A dor nas articulações das mãos na artrite tem características peculiares. Geralmente é mais intensa durante períodos de repouso e tende a melhorar com o movimento leve.

Muitos pacientes relatam desconforto noturno significativo que pode interferir no sono.

A limitação dos movimentos progride conforme a doença avança, podendo comprometer atividades cotidianas simples como abotoar roupas, segurar talheres ou girar maçanetas.

A fraqueza muscular frequentemente acompanha esses sintomas, reduzindo ainda mais a funcionalidade das mãos.

Sintomas comuns da artrose nas mãos

A artrose, sendo uma doença degenerativa, apresenta manifestações clínicas diferentes da artrite. Seus sintomas geralmente aparecem de forma gradual e progressiva, afetando principalmente pessoas acima de 50 anos.

Deformidades e nódulos

As deformidades na artrose são bastante características, com o desenvolvimento de nódulos ósseos visíveis e palpáveis.

Os nódulos de Heberden, que surgem nas articulações interfalangeanas distais (pontas dos dedos), e os nódulos de Bouchard, nas articulações interfalangeanas proximais, são sinais clássicos da artrose nas mãos.

Essas protuberâncias ósseas podem causar alargamento das articulações e desvios dos dedos, alterando a aparência das mãos.

Diferentemente da artrite, essas deformidades raramente são simétricas e tendem a afetar mais o polegar e os dedos indicador e médio.

Dor ao movimento e crepitação

A dor na artrose tem caráter mecânico, intensificando-se com o uso das mãos e aliviando com o repouso. Ao contrário da artrite, a rigidez matinal na artrose geralmente dura menos de 30 minutos.

Um sinal característico é a crepitação articular – sensação de rangido ou estalido durante o movimento das articulações.

Este sintoma ocorre devido ao atrito entre as superfícies ósseas quando a cartilagem está desgastada, produzindo sons audíveis e sensação tátil perceptível.

Como diferenciar os sintomas no dia a dia

Para diferenciar artrite e artrose no cotidiano, observe o padrão de surgimento dos sintomas. Na artrite, a dor e rigidez são mais intensas pela manhã e melhoram ao longo do dia.

Já na artrose, os sintomas pioram com o uso contínuo das mãos e melhoram com o descanso. Outro indicador importante é a distribuição das articulações afetadas.

A artrite tende a comprometer as articulações de forma simétrica em ambas as mãos, enquanto a artrose frequentemente afeta articulações específicas, principalmente na base do polegar.

A resposta aos anti-inflamatórios também pode fornecer pistas: pacientes com artrite geralmente experimentam alívio mais significativo com esses medicamentos do que aqueles com artrose.

Em caso de dúvida, um médico reumatologista ou ortopedista poderá realizar o diagnóstico diferencial correto.

Diagnóstico e tratamentos disponíveis

Para enfrentar a artrite e a artrose nas mãos, é essencial compreender os métodos de diagnóstico e as opções terapêuticas disponíveis.

Ambas as condições exigem uma abordagem médica especializada, com avaliação detalhada e planos de tratamento personalizados que podem incluir medicamentos, fisioterapia e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas.

Processo de diagnóstico e exames

O diagnóstico da artrite e artrose nas mãos começa com uma avaliação clínica minuciosa, onde o médico analisa o histórico do paciente e realiza um exame físico detalhado.

Para confirmar o diagnóstico artrite, são solicitados exames laboratoriais específicos como fator reumatoide, anti-CCP, VHS e PCR, que ajudam a identificar processos inflamatórios.

Os exames de imagem são fundamentais para visualizar as alterações articulares. Radiografias convencionais mostram deformidades ósseas e estreitamento do espaço articular.

Em casos mais complexos, a ultrassonografia detecta inflamações nos tecidos moles, enquanto a ressonância magnética oferece imagens detalhadas das estruturas articulares, auxiliando na diferenciação entre as condições.

Tratamentos medicamentosos

O tratamento medicamentoso varia conforme o tipo e a gravidade da doença articular. Para artrite, os remédios artrite incluem anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para alívio imediato da dor e inflamação.

Em casos mais graves, corticoides podem ser prescritos para controlar crises inflamatórias agudas.

Nas fases avançadas da artrite reumatoide, medicamentos modificadores do curso da doença (DMARDs) e agentes biológicos são utilizados para retardar a progressão.

Já no tratamento artrose, analgésicos simples e condroprotetores são comumente prescritos, além de infiltrações locais com ácido hialurônico ou corticoides para alívio temporário dos sintomas.

Fisioterapia e exercícios recomendados

A fisioterapia desempenha papel crucial na manutenção da função manual. Técnicas específicas incluem exercícios de fortalecimento muscular, alongamentos para preservar a amplitude de movimento e atividades para melhorar a destreza fina.

Terapeutas ocupacionais podem recomendar adaptações nas atividades diárias e dispositivos de assistência que reduzem o estresse nas articulações.

A aplicação de calor úmido alivia a rigidez matinal, enquanto compressas frias ajudam a controlar inflamações agudas.

Exercícios na água são particularmente benéficos por reduzirem o impacto nas articulações doloridas.

Quando considerar procedimentos cirúrgicos

A intervenção cirúrgica é considerada quando os tratamentos conservadores não proporcionam alívio adequado ou quando há comprometimento significativo da função manual.

Para artrite, a sinovectomia remove o tecido inflamado, enquanto a artrodese funde os ossos para estabilizar articulações gravemente danificadas.

Na artrose avançada, a artroplastia substitui a articulação comprometida por próteses, restaurando a mobilidade e reduzindo a dor.

A decisão cirúrgica deve considerar a idade do paciente, nível de atividade, expectativas e comorbidades.

A reabilitação pós-operatória é fundamental para maximizar os resultados e recuperar a funcionalidade das mãos.

Convivendo com artrite e artrose: estratégias para melhor qualidade de vida

Viver com artrite ou artrose nas mãos exige adaptações diárias para manter a funcionalidade e reduzir a dor.

O uso de utensílios adaptados com cabos mais grossos facilita tarefas como cozinhar e escrever, diminuindo o estresse nas articulações.

A aplicação de calor úmido por 10 minutos alivia a rigidez matinal, especialmente em casos de artrose. Para crises inflamatórias da artrite, compressas frias por 15 minutos podem reduzir o inchaço.

Estas técnicas complementam o tratamento medicamentoso da artrose e os remédios para artrite prescritos pelo médico.

A alimentação anti-inflamatória rica em ômega-3 e antioxidantes contribui para o controle dos sintomas.

Peixes, nozes, frutas vermelhas e vegetais de folhas verdes devem fazer parte da dieta, enquanto alimentos ultraprocessados e açúcares refinados devem ser limitados.

Exercícios de baixo impacto como natação e hidroginástica fortalecem a musculatura sem sobrecarregar as articulações.

Movimentos suaves das mãos, como abrir e fechar os dedos em água morna, melhoram a mobilidade e são parte importante do tratamento da artrose.

O suporte emocional não pode ser ignorado. Grupos de apoio e acompanhamento psicológico ajudam a lidar com as limitações impostas pelas doenças articulares.

Dispositivos assistivos modernos, como abridores de frascos automáticos e teclados ergonômicos, facilitam o dia a dia e preservam a independência.

Compartilhe:
sicoob consorcio