
O Conselho de Saúde de Vilhena, em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores, denunciou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) o que seria um “desvirtuamento na contratação de pessoal” na terceirização da Saúde em Vilhena, ocorrido no começo de 2023.
Depois de um decreto de emergência na saúde de Vilhena, o prefeito Flori Cordeiro (PODE) contratou uma organização social especializada para cuidar do Hospital Regional e da UPA, colocando os servidores públicos sob a direção dessa entidade sem fins lucrativos.
Para a CUT, a colocação de servidores públicos para trabalharem nos moldes da iniciativa privada e sob a fiscalização da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes dentro do Hospital Regional e da UPA em Vilhena era uma irregularidade grave por parte do prefeito.
No entanto, depois de mais de 2 anos de tramitação de um inquérito civil aberto pelo MPT, as investigações terminaram com a declaração de que nada havia de irregular.
No documento de arquivamento, o MPT aponta que “após a devida apuração dos fatos noticiados, foi possível observar a adequação da conduta do inquirido [prefeito] em relação às irregularidades laborais pertinentes aos fatos inicialmente noticiados”.
Procurado, o prefeito de Vilhena disse que, no calor dos acontecimentos, era natural que os promotores ficassem preocupados com a denúncias, mas “com o tempo viram que era tudo política”.
O prefeito, ainda, “cutucou” a ex-presidente do Conselho de Saúde em Vilhena, Maria Luiza Machado, e disse que esse fim de semana ela poderia pedir música no Fantástico, já que era essa sua terceira derrota contra o modelo de Organização Social privada na Saúde local. “Denunciou no conselho de enfermagem e o presidente do COREN entrou com uma ação popular e perdeu; lutou contra a aprovação do modelo no Conselho de Saúde e perdeu na votação do colegiado e, agora, perdeu de novo no MPT. Pode pedir a música”, brincou o mandatário vilhenense.
>>> LEIA, ABAIXO, O RELATÓRIO DO ARQUIVAMENTO NA ÍNTEGRA:
Relatório de Arquivamento. Adequação da conduta no curso do procedimento 4711.2025