sexta-feira, 26 de dezembro de 2025.

Família denuncia demora, falta de exames e pede urgência em atendimento pelo SUS no HR de Vilhena

Paciente de 54 anos está internada em estado crítico e necessita de cintilografia renal, exame disponível apenas em Porto Velho
Edilene Maria de Paiva, acompanhada do pai João Batista de Paiva / Foto: Extra de Rondônia

Na manhã desta sexta-feira, 26 de dezembro de 2025, Edilene Maria de Paiva, acompanhada do pai João Batista de Paiva, procurou a redação do Extra de Rondônia para denunciar dificuldades enfrentadas no atendimento prestado à sua mãe, Mônica Aparecida Moreira Paiva, de 54 anos, internada desde o último dia 17 de dezembro no Hospital Regional de Vilhena, em estado crítico.

Segundo Edilene, a mãe está hospitalizada na clínica médica 3, leito 68, e necessita com urgência de um exame de cintilografia renal (estática e dinâmica), procedimento que, conforme informações repassadas por médicos, só é realizado em Porto Velho.

A família afirma ter sido informada de que o exame não estaria disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que, de forma particular, o custo seria em torno de R$ 8 mil, valor considerado inviável para os familiares.

Edilene relatou ainda que, após questionar a ausência do exame pelo SUS e mencionar ter conhecimento na área da saúde, houve mudança na condução do caso, com posterior emissão de encaminhamento para Porto Velho.

Segundo ela, o pedido só foi formalizado após insistência e busca por órgãos como a Defensoria Pública.

Além da demora para liberação do exame, a família também denuncia a falta de exames básicos, como análises laboratoriais de sangue, dentro do hospital.

De acordo com o relato, foi necessário contratar um laboratório particular para realizar a coleta dentro da unidade, gerando um custo adicional de mais de R$ 200.

Outra situação apontada foi a escassez de medicamentos, incluindo dipirona, além da dificuldade para ter acesso ao prontuário médico e às evoluções clínicas diárias da paciente.

Edilene afirma ter buscado esclarecimentos junto a diferentes setores do hospital, como enfermagem, Núcleo Interno de Regulação (NIR), serviço social e diretoria, mas sem solução imediata.

A busca por uma negativa formal do SUS para o exame também teria envolvido idas à UBS e à Secretaria Municipal de Saúde (Semus), sem sucesso, em razão do recesso de fim de ano.

A família informou ainda que Mônica é moradora da zona rural de Corumbiara, onde iniciou acompanhamento médico após apresentar perda de mais de 10 quilos em menos de seis meses.

Após exames iniciais no município, ela foi encaminhada para Vilhena para tratamento especializado, passando a residir com a filha. No entanto, segundo Edilene, a ausência de exames essenciais compromete a continuidade do tratamento.

Edilene deixa claro que é direito da mãe, que está na Constituição Federal de 1988, artigo 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, independente se tem no SUS ou não, é competência do Estado arcar com todos os custos sem fins lucrativos.

“Estamos denunciando o descaso da saúde pública com quem mais precisa. Minha mãe corre risco de vida e precisa desse exame com máxima urgência”, afirmou Edilene à reportagem.

O Extra de Rondônia deixa o espaço aberto para que a direção do Hospital Regional de Vilhena, bem como a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), se manifestem sobre as denúncias apresentadas.

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