O cenário político de Rolim de Moura foi recentemente agitado por uma denúncia contra o atual prefeito e candidato à reeleição, Aldair Júlio Pereira, conhecido como Aldo Júlio, do partido União Brasil (UN).
A acusação, registrada na última segunda-feira (2) pelo presidente municipal do Partido Liberal (PL), Murilo Borges Rodrigues Soares, envolve o suposto uso de um certificado escolar falso em seu registro de candidatura.
O prefeito conseguiu liminar retirando de redes sociais o material relativo ao caso e sua assessoria classifica o episódio como “manobra eleitoreira”.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil de Rolim de Moura, Aldo Júlio teria apresentado à Justiça Eleitoral uma cópia de um certificado de conclusão do ensino médio, datado de 12 de junho de 2006. O documento teria sido emitido pelo Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) Aida Fibiger de Oliveira, localizado em Cacoal. Além desse certificado, o prefeito anexou uma declaração de uma instituição de ensino superior, atestando que está cursando o terceiro período de Gestão Pública.
No entanto, a ex-diretora do CEEJA Aida Fibiger de Oliveira emitiu uma declaração de autenticidade que questiona a veracidade do certificado apresentado. Segundo ela, a assinatura presente no documento não é reconhecida, e há desconhecimento sobre a portaria 1255/GAB/SEDUC, que supostamente validaria o certificado.
A denúncia por “falsidade ideológica” foi encaminhada ao Ministério Público de Rolim de Moura, juntamente com as cópias dos documentos suspeitos e do boletim de ocorrência.
Em resposta à acusação, Aldo Júlio obteve uma liminar favorável da 29ª Zona Eleitoral de Rolim de Moura, que determinou a remoção de conteúdo difamatório das redes sociais. O vídeo, publicado por Juliano Silvério, associava o prefeito a um suposto esquema de venda de certificados falsificados. Contudo, a Justiça Eleitoral considerou que as acusações careciam de provas concretas e caracterizavam abuso do direito de manifestação.
O advogado de Aldo Júlio, Luiz Eduardo Staut, classificou a denúncia como uma manobra eleitoreira para desestabilizar o pleito e ressaltou que todas as providências legais serão tomadas no momento oportuno. Ele afirmou que o prefeito não pretende se envolver em disputas de baixo nível e que a campanha continuará focada em propostas.
A decisão judicial determinou que a plataforma Instagram remova o conteúdo ofensivo em até 24 horas, garantindo a integridade do processo eleitoral e a proteção da imagem do candidato.