
Uma moradora de Vilhena, procurou a Polícia Militar no último domingo, 13, para denunciar o próprio pai, por suposto crime de estupro e agressões.
O caso, que configura violência doméstica e familiar, mobilizou as autoridades e foi registrado na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP).
De acordo com informações apuradas pelo Extra de Rondônia, por volta das 18h, a Central de Operações da PM foi acionada para atender a uma denúncia de estupro no bairro Alphaville. No local, os policiais conversaram com a vítima, que relatou os detalhes.
Segundo a vítima, seu pai, compareceu à sua residência na manhã de domingo com o objetivo de consumir bebidas alcoólicas. Ele permaneceu na casa durante o dia e, por volta das 16h40, após inalar uma substância que ele teria identificado como “rapé do índio” e continuar a ingestão de álcool, começou a apresentar um comportamento lascivo em relação a ela.
A vítima relatou que o pai aproveitou um momento em que seu genro estava no banho para dançar de forma provocativa, piscar e tentar tocá-la. Ao ser impedido pela filha, teria dito que ela era uma mulher “muito difícil”. Pouco depois, ele se aproximou novamente e tocou os seios da filha, sendo imediatamente repelido com um empurrão.
Diante do ocorrido, a vítima decidiu chamar o marido para ajudá-la a retirar o pai da residência, o que inicialmente resistiu. Após uma discussão verbal acalorada, a vítima conseguiu colocar o pai em seu carro e, acompanhada do marido, o levou até a residência dele.
Ao desembarcar, uma nova discussão verbal teve início, pois o pai relutava em sair do automóvel e, segundo a vítima, ainda zombou dela. O bate-boca escalou para agressões físicas recíprocas, resultando em um pequeno sangramento na região do pescoço do suspeito, cuja origem a vítima não soube precisar. O marido da vítima interveio na briga, sendo mordido no braço pelo sogro enquanto tentava trancar o portão para evitar que ele se aproximasse novamente da filha.
Em seguida, a vítima retornou à sua residência e acionou a Polícia Militar. A guarnição se dirigiu ao endereço do suspeito, mas o portão do imóvel estava trancado com cadeado pelo lado interno e ninguém respondeu aos chamados, impossibilitando o contato com ele.
Diante dos fatos, a guarnição se deslocou até a UNISP, onde o boletim de ocorrência foi registrado.
A vítima manifestou o desejo de representar criminalmente contra seu pai e solicitou a concessão de medida protetiva de urgência, amparada pela Lei Maria da Penha devido ao vínculo familiar e à gravidade dos atos relatados.
A Polícia Civil de Vilhena dará prosseguimento às investigações para apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis.











