
A 7ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Rondônia abriu investigação para apurar o acúmulo de funções e rendimentos de Anderson Parente da Costa, assessor executivo da Secretaria-Geral de Governo da Prefeitura de Porto Velho. Os dados que motivaram a apuração constam no Portal da Transparência.
Parente exerce o cargo de assessor direto do prefeito Léo Moraes (Podemos). Em julho de 2025, o contracheque registrou salário bruto de R$ 28.484,80. Além da remuneração do cargo comissionado, ele aparece como integrante de diferentes conselhos municipais e acumula ganhos por meio de diárias para viagens oficiais.
De janeiro a julho deste ano, Parente recebeu mais de R$ 26 mil em diárias, valor referente a deslocamentos para Brasília, Curitiba e Ji-Paraná. Em todas as viagens, acompanhou o prefeito em compromissos institucionais. O volume de diárias chamou atenção pela frequência e pelo montante, já que representa quase a mesma quantia do salário mensal.
O assessor também participa do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento Urbano (Emdur). Nas reuniões extraordinárias realizadas pela atual gestão, foram pagos R$ 7.810,74 em jetons, valores adicionais a cada encontro. Além disso, ele consta como membro do Conselho Municipal de Previdência (IPAM), responsável por decisões ligadas ao regime previdenciário dos servidores públicos municipais.
O Ministério Público informou que a investigação busca esclarecer se há compatibilidade entre as funções acumuladas e a legalidade no recebimento de jetons e diárias. O órgão também apura qual é, de fato, o papel exercido por Parente na estrutura da Prefeitura, já que sua atuação extrapola o campo de assessoramento e alcança áreas de gestão, articulação política e participação em colegiados estratégicos.
Na administração municipal, Parente é visto acompanhando o prefeito em atividades externas e internas, filmando eventos, participando de reuniões com secretários e integrando conselhos de estatais. Essa multiplicidade de papéis levou o Ministério Público a investigar se há excesso de atribuições ou eventual sobreposição de funções.











