sexta-feira, 05 de dezembro de 2025.

PC deflagra operação contra esquema de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa de RO

Ação investiga desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo servidores e cargos comissionados; líder da organização foi preso
Imagem: Divulgação

A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO2), integrante da DECCO, deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação Ouro de Areia, com apoio do Ministério Público de Rondônia, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A ação tem como objetivo desmantelar um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que teria afetado as finanças do Estado.

De acordo com as investigações, dentro da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) funcionava uma estrutura criminosa que utilizava cargos fantasmas para desviar verbas públicas. Um servidor público é apontado como líder e articulador do grupo, responsável pelo recrutamento de pessoas, comando das operações e planejamento dos crimes.

Conforme apurado, servidores eram nomeados para cargos comissionados de assessor e recebiam remuneração mensal, embora nunca tenham exercido as funções correspondentes, continuando a trabalhar em outros locais. Além disso, integrantes do esquema teriam realizado empréstimos consignados junto ao Banco do Brasil, cujos valores eram rapidamente repassados entre os participantes da organização criminosa.

A Justiça decretou a prisão preventiva do líder do grupo e expediu mandados de busca e apreensão em oito endereços, incluindo imóveis residenciais e a sede da Assembleia Legislativa. Também foram impostas medidas cautelares, como a suspensão de três servidores por 90 dias, além da proibição de acesso a repartições públicas e de contato com testemunhas e vítimas.

O nome da operação, “Ouro de Areia”, faz alusão a uma falsificação que aparenta valor onde não existe, em referência ao esquema de cargos fantasmas que simulava legitimidade por meio de nomeações, salários e documentos oficiais — mas que, na prática, escondia o desvio de recursos públicos.

A Polícia Civil reforçou o compromisso com a transparência, a ética e o combate à corrupção, assegurando que os recursos públicos sejam aplicados em benefício da sociedade.

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