Grupo garante que, mesmo assim, irão manter suas campanhas nas ruas / Foto: Divulgação

O que era para ser motivo de união, entre o partido União Brasil e seus candidatos a vereadores em Vilhena, se transformou em uma celeuma envolvendo um valor do fundo eleitoral para viabilizar as candidaturas.

Segundo o grupo, que agrega 11 dos treze candidatos a vereadores da legenda, houve uma “manobra” para beneficiar apenas dois postulantes, porém, garantem que, mesmo assim, irão manter suas campanhas nas ruas.

Eles entendem que as verbas deveriam ter sido divididas entre todos para garantir igualdade de condições dos integrantes do grupo. Os supostos responsáveis pela situação explicam o que ocorre.

O autodenominado “Grupo dos 11” é composto por Cidinha Albuquerque, Eugênia Mesquita, Fabiano Brito, Geraldo Souza, Leosmar Muniz, Luiz do Mercado, Marcelo Paz do Restaurante, Paulo Mendes, Professor Clésio, Rose Batista da Saúde e Silvano Pessoa.

Ao Extra de Rondônia, Paulo Mendes, que se apresenta como porta-voz do grupo, relata que há dois meses os candidatos e candidatas receberam do deputado estadual Ezequiel Neiva a promessa de que o partido, que recebeu recursos para investir nas campanhas em todo o estado, destinaria entre R$ 10 mil e R$ 15 mil para todos, indistintamente. “Mas não foi o que aconteceu, e, após 25 dias do início da campanha, 11 dos treze candidatos não receberam um único real. O problema é que dois candidatos foram contemplados na surdina com os prometidos R$ 15 mil, em detrimento dos demais”, desabafa.

Segundo Mendes, os candidatos, que teriam sido escolhidos a dedo pela deputada federal Cristiane Lopes e referendados pela diretoria estadual do partido, são “o atual vereador Damassa, que, coincidentemente é o tesoureiro do partido e já detém mandato e salário para subsidiar sua campanha, e a candidata Osiane Geminiano, que, também coincidentemente, é esposa do presidente do União Brasil em Vilhena, Wesley Geminiano, que ostenta o cargo de Secretário Regional de Governo”.

Dada a situação, o clima entre os escolhidos e os supostos preteridos ficou constrangedor. Entretanto, o “Grupo dos 11” decidiu dar a volta por cima, entendendo que o que está em jogo é justamente a credibilidade de cada candidato. “Entendemos que candidatos e dirigentes políticos que fazem esse tipo de jogo, não só dão início aos primeiros atos de corrupção, que começa na esfera partidária, como não merecem o apoio e voto do eleitor”, diz Mendes, prometendo que tal mensagem será levada a todos os eleitores para que não sejam “cúmplices de um golpe que foi dado para beneficiar apenas duas pessoas apadrinhadas com o dinheiro público”.

O OUTRO LADO

A reportagem do Extra de Rondônia conversou com o vereador Damasceno e com Wesley Geminiano, respectivamente tesoureiro e presidente do partido, sendo este último esposo da candidata Osiane Geminiano.

Os dois reafirmaram seu compromisso com a legenda e seus candidatos, ressaltando que estão trabalhando com afinco para que as demandas de todo o grupo sejam atendidas.

Eles confirmam que o compromisso de repasse de verbas do fundo da cota estadual foi assumido por Ezequiel Neiva, mas que até o momento essas verbas não foram liberadas.

Ambos explicaram que no caso do suporte financeiro que a campanha de Damassa e Osiane obtiveram provém da cota parlamentar federal da deputada Cristiane Lopes, com a qual têm compromisso. Damassa explicou, ainda, que consultou sua assessoria jurídica a respeito da situação e que o repasse está dentro da legitimidade, sendo da escolha da deputada a quem quer destinar.

Wesley e Damassa afirmam lamentar a situação, demonstraram solidariedade aos colegas candidatos, e afirmaram que estão envidando esforços para que a cota estadual do fundo seja liberada a todos.

O Extra de Rondônia também falou com a assessoria do deputado estadual Ezequiel Neiva, que confirmou que ainda não foram disponibilizados recursos da cota estadual para repassar aos candidatos, inclusive em Cerejeiras, domicílio eleitoral do parlamentar, e que tudo está sendo feito para que o dinheiro chegue aos candidatos o mais breve possível.

A assessoria também confirmou que a iniciativa da deputada está revestida de legalidade, sendo que ela pode optar para quem repassará fundos de sua cota partidária, mas que no caso da cota estadual o que foi compromissado será mantido.

sicoob

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