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Os incêndios na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal desencadearam uma onda de preocupação socioeconômica, especialmente em meio à maior estiagem da história recente do Brasil.

Além dos danos ambientais, as queimadas têm impacto direto nos preços de alimentos como verduras, legumes e frutas, que tendem a subir devido aos prejuízos causados ao solo das plantações.

Setembro já é um mês marcado pelo encarecimento de produtos devido à transição do inverno para a primavera. Neste ano, no entanto, a situação é agravada por desastres ambientais. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou mais de 68 mil focos de queimadas neste mês, um aumento de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

O avanço das queimadas compromete o solo, que precisa de tempo para se recuperar. Esse cenário leva à escassez de alimentos e à diminuição da oferta no mercado. Além disso, a seca afeta a navegabilidade dos rios, obrigando os fornecedores a recorrerem ao transporte rodoviário, que é mais caro. Bancos, consultorias e corretoras já preveem uma alta nos preços dos alimentos entre 4,5% e 7,5%.

Fernando Lamounier, educador financeiro e CEO da Multimarcas Consórcios, destaca o impacto dessa situação: “A inflação, normalmente mensurada pelo IPCA, tem um impacto profundo na vida do consumidor, fazendo com que cada real valha menos do que antes, obrigando todos a repensar prioridades e a se adaptar a um novo cenário econômico.”

Diante desse cenário, os consumidores precisam se preparar para gastos maiores nos próximos meses. A inflação, impulsionada pelo aumento nos preços dos alimentos, exigirá ajustes no planejamento financeiro. Medidas como fazer listas de compras, evitar idas frequentes ao supermercado e aproveitar descontos são formas práticas de driblar a alta nos preços.

“O aumento do preço dos alimentos, impulsionado pelas queimadas e pela escassez de recursos, exige que o consumidor repense suas compras. Para evitar que essa realidade prejudique seu orçamento, é essencial planejar as refeições, aproveitar a sazonalidade dos produtos e buscar alternativas mais acessíveis, como hortas comunitárias”, aconselha Lamounier.

Com a pressão popular, o governo federal anunciou uma série de medidas para combater os incêndios florestais e ajudar os produtores rurais. O Ministério da Agricultura prevê a liberação de R$ 6,5 bilhões em apoio aos agricultores afetados pelas queimadas. No entanto, os consumidores também precisam adotar práticas mais conscientes e criar um fundo de emergência para lidar com as oscilações nos preços.

“As previsões indicam que os impactos das queimadas podem prolongar o encarecimento de produtos essenciais. Para enfrentar esse cenário, uma dica prática é criar um fundo de emergência específico para a possível variação das despesas com alimentação, separando mensalmente uma pequena porcentagem extra da renda para evitar ser pego de surpresa com a alta de preços. Planejamento financeiro é a chave para garantir estabilidade em tempos de incerteza“, finaliza Lamounier.

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