Na minha mocidade, as eleições eram uma linda e esperada festa cívica. A contagem dos votos era manual e em certos casos a apuração levava vários dias para ser concluída. Havia intensa participação pública; liberdade e respeito mútuo aos adversários políticos (apesar da ausência de celular e TV).
Naquela ocasião existiam apenas 3 ou 4 partidos; hoje temos 29 partidos no país! Não existia fundo partidário para os partidos, porém neste ano o governo federal destinará R$ 4,961 bilhões de suas receitas aos partidos. Antes havia fidelidade partidária, porém isso já não existe mais (devido à troca-troca de agremiação política). Não existia corrupção nem manipulações como temos hoje.
Essas coisas são recentes e ocorreram nos últimos 60 anos. Houve uma mudança brutal e para pior (em poucas décadas atrás). Urge fazer uma autocrítica da segurança, eficiência e custos financeiros do atual sistema eleitoral.
Cada cidadão brasileiro paga hoje ao governo federal, anualmente, o montante de R$ 23.334.901,00 apenas para ser entregue aos partidos políticos, visando cobrir os gastos eleitorais dos candidatos.
Neste mês de Outubro/24 tivemos eleições municipais para prefeitos e vereadores. Em 99% dos municípios brasileiros a eleição foi decidida em primeiro turno. O Brasil tem hoje 5.570 municípios; apenas 52 cidades (ou 0,933 %) terão segundo turno (ou 1%). Existe uma falta de interesse e motivação pela política, oriunda de políticos que não cumprem suas promessas; uma desilusão pelo abandono dos valores éticos e morais; pelo distanciamento preocupante da verdade e justiça; a impunidade campeia.
Há hoje um desprezo e indiferença para com nossos líderes (com pequenas exceções). Entendo que há uma relação direta entre essa insatisfação pública e a corrupção. Há diversas pessoas com maus intentos; os interesses pessoais têm prevalecido sobre as prioridades da nação. Não costumamos divulgar estes fatos.
Precisamos resgatar nossos valores e princípios cristãos, porque são corretos e oportunos; investir mais na família e no trabalho. Cedo ou tarde, a sociedade brasileira haverá de descobrir que a ética, a integridade, o trabalho e a família são fundamentais e insubstituíveis na vida comunitária. O Deus Criador está no comando e vendo todas essas coisas; nada escapará à sua visão nem ao seu juízo!
O voto do cidadão/ã tem poder, mesmo que alguns desacreditem, mencionando manipulações de resultados eleitorais. O cidadão precisa ser respeitado; o governo tem responsabilidades a cumprir. O melhor sistema informatizado (de votação) fracassará se os gestores dele forem destituídos de ética e de integridade. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.