A área plantada com feijão tem sofrido queda significativa ao longo dos últimos anos no Brasil, perdendo lugar para culturas mais rentáveis, como a soja.
De acordo com a série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre a safra 1976/77 e a 2023/24, as lavouras dedicadas ao grão caíram de 1.582 milhão para 861 mil hectares, redução de 45,5% em 47 anos.
No entanto, mesmo com menos área, a produção da leguminosa mais presente no prato do brasileiro se manteve praticamente estável. Isso porque, no mesmo perído, a produtividade saltou 85%, partindo de 591 kg/ha para 1.094 kg/ha.
Tal resultado provém do emprego de tecnologia no campo. Exemplo disso é a irrigação por gotejamento, que tem como princípio o aprimoramento do uso da terra e dos recursos hídricos.
“A fertirrigação é capaz de fornecer nutrientes diretamente na raiz da planta, aproveitando cerca de 90% da água utilizada e otimizando o uso de fertilizantes. Isso tem sido essencial para melhorar a produtividade do feijão, especialmente em áreas onde a terra cultivada está diminuindo”, afirma o especialista agronômico da Netafim, Warlen Pires.