Na quarta-feira (4) o Tribunal de Contas da União-TCU liberou o Exército Brasileiro para terminar uma compra iniciada em abril deste ano.
A venda foi feita pelo grupo israelense Elbit Systems, a compra consiste em 36 viaturas obuseiras, uma espécie de “veículo blindado” com um canhão de grande alcance.
Várias empresas haviam participado desta licitação internacional, como, por exemplo, a KNDS e outras da China e da Eslováquia. Porém, a decisão de dar andamento tinha sido adiada em maio por pressão política do governo esquerdista, por ser um grande crítico do país israelense.
O plenário da corte do tribunal de contas entendeu que não houve irregularidades no processo vencido pela Elbit Systems o que já era esperado, e deu sinal verde para as Forças Armadas fecharem o acordo de venda, avaliado em R$ 1 bilhão.
O acordo também inclui a compra de equipamentos, manutenção, fiscalização e treinamento de pessoal, uma certa transferência de tecnologia e experiência nos equipamentos comprados pelo E.B. A partir da assinatura do contrato, o Exército já receberá 2 veículos para um período de testes. Se aprovados, um novo contrato será assinado para o fornecimento dos outros 34 sistemas, a serem entregues em até 10 anos.
“Essa aquisição feita pelo Exército para o Brasil é fundamental para a segurança das nossas fronteiras e do restante do país. Além de ser uma forma de reaparelhar as forças armadas com o melhor que existe no mercado mundial” afirmou o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL/RO).
PRESSÃO POLÍTICA
Em maio deste ano, os aliados do governo travaram a conclusão do acordo por não aceitarem a compra da Elbit Systems por se tratar de uma empresa com sua matriz em Israel. A ala petista é extremamente crítica de Israel na guerra com o grupo extremista Hamas, em Gaza, e com o Hezbollah, no Líbano, tido como terroristas no mundo.
Em um caso, chegou a comparar, em fevereiro, as ações do país judeu ao Holocausto, promovido pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial, o que é um grande absurdo de um líder desprovido de no “mínimo cultura” para não dizer do resto como bom senso. Por isso, o veto foi elaborado pelo assessor especial e capataz internacional do barbudinho, Celso Amorim.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, até pensou na possibilidade de vetar a empresa israelense da licitação agora em outubro, por isso, fez uma consulta ao tribunal de contas sobre o assunto, sob o argumento de que companhias “com vínculos com país em situação de conflito armado” deveriam ser impedidas de firmar acordos com a União. O TCU rejeitou a possibilidade.
Outra coisa que não deixou o ministro da defesa, José Múcio, satisfeito foi à tentativa de intervenção de Celso Amorim na licitação. Para o ministro, isso é um assunto de defesa nacional e não um evento que a ideologia e posições políticas e diplomáticas do atual governo esquerdista e desarmamentista.