Prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro/Foto: Extra de Rondônia

O prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro, afirmou durante um discurso que a decisão do Conselho de Saúde de negar o uso de um prédio municipal ao Hospital do Amor para tratamento de câncer era algo que “merecia ir para a lata de lixo da história” e declarou que “amassou” a referida decisão.

A declaração foi feita na inauguração de um centro de diagnósticos do Hospital do Amor na cidade. Insatisfeita com as palavras do prefeito, a ex-presidente do Conselho de Saúde, Maria Luiza, decidiu processá-lo, alegando que os comentários causaram danos morais à sua pessoa.

Maria Luiza, que também é enfermeira concursada no município, argumentou que foi exposta publicamente em razão de sua atuação enquanto presidente do Conselho, especialmente após o órgão indeferir o pedido de cessão do imóvel para o Hospital do Amor.

Em sua defesa, o prefeito reafirmou as palavras proferidas e justificou ao magistrado que sua crítica se direcionou exclusivamente à atuação pública de Maria Luiza enquanto conselheira. Ele destacou que a decisão de negar o prédio ao hospital foi, em sua visão, “desumana”.

O juiz do Juizado Especial da Fazenda Pública, Dr. Vinícius Bovo, concluiu que não houve ofensa pessoal e arquivou o processo. Segundo o magistrado, “as críticas contidas no discurso não foram direcionadas à pessoa privada da requerente ou à sua condição de candidata à vereadora, mas à sua atuação pública como conselheira municipal de saúde”.

Procurado, o prefeito afirmou que ainda não havia sido informado oficialmente sobre a decisão judicial, mas que confiava no bom senso. “Tanto a decisão da ex-presidente Maria Luiza em participar de algo vergonhoso como impedir o Hospital do Amor de atuar na cidade, quanto a ousadia de propor uma ação sem fundamento, demonstram que o que eu disse estava correto. Essas atitudes realmente pertencem à lata de lixo da nossa história”, declarou.

>>>Veja decisão:

sentença presidente conselho saude versus Flori
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