terça-feira, 25 de março de 2025.
Posto Miriam

“Operação Soldados da Usura”: MP e forças policiais desmantelam organização criminosa de empréstimos ilegais em RO e mais 5 estados

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Imagem: Divulgação

O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, nesta sexta-feira (7/2), a Operação Soldados da Usura. A ação, realizada em conjunto com a Polícia Militar do Estado de Rondônia (PMRO) e com o apoio da Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO), Polícia Técnico-Científica (Politec), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam), Gerência de Aviação do Estado (Gave/Sesdec), além dos Ministérios Públicos dos Estados de Mato Grosso (MPMT), Mato Grosso do Sul (MPMS) e Acre (MPAC), e das Polícias Civis dos Estados de São Paulo (PCSP) e Goiás (PCGO), tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa envolvida em empréstimos ilegais (usura), extorsão, lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica, entre outros crimes.

A fase ostensiva da operação inclui o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 42 mandados de busca e apreensão, além da aplicação de medidas assecuratórias patrimoniais, que determinam a indisponibilidade de valores, imóveis, cotas sociais de empresas e veículos de luxo, totalizando R$ 73.655.246,00. Todas as medidas foram autorizadas pelo Poder Judiciário da Comarca de Porto Velho.

As diligências ocorrem em seis estados, abrangendo Porto Velho/RO, Distrito de Três Coqueiros/RO, São Paulo/SP, Goiânia/GO, Cuiabá/MT, Diamantino/MT, Chapadão do Sul/MS e Rio Branco/AC. Mais de 200 agentes estão envolvidos na operação, incluindo promotores de Justiça, delegados, policiais civis e militares, peritos criminais, servidores da Sedam, pilotos e tripulantes da Gerência de Aviação do Estado, além de servidores administrativos do MPRO.

A investigação teve início a partir de informações da Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Rondônia, que identificou indícios de crimes de usura e extorsão cometidos por policiais militares. O aprofundamento das investigações revelou uma organização criminosa estruturada, cujos membros captavam “clientes”, realizavam empréstimos a juros abusivos e utilizavam violência e ameaças armadas para cobrar as dívidas, apropriando-se dos bens das vítimas. O grupo ocultava e dissimulava a origem dos recursos ilícitos por meio de empresas fantasmas registrados em nome de laranjas, utilizando documentos falsificados. Além disso, os investigados investiam em veículos, imóveis e até na construção de uma draga para extração de ouro no Rio Madeira.

O nome da operação faz referência ao modus operandi do grupo, que utilizava força e violência para se apropriar do patrimônio das vítimas, agindo como uma verdadeira legião de saqueadores.

Atenção:

As investigações continuam e há indícios de que outras vítimas ainda não identificadas possam ter sido lesadas pela organização criminosa. O Gaeco/MPRO reforça a importância de novas denúncias para ampliar as apurações.

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