quarta-feira, 19 de março de 2025.
Posto Miriam

ARTIGO: Algodão

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Artigo: Humberto Lago

A safra brasileira de algodão, do período 94/95, teve uma queda violenta, provocada pelo inseto bicudo-do-algodoeiro.

A exportação foi suspensa; nos voltamos apenas para o mercado interno; nos tornamos os maiores importadores do mundo, por cerca de 25 anos. Parecia o fim de seu cultivo em terras brasileiras.

Em 2020, os 3 países que mais produziam algodão eram: China, Índia e EUA; juntos representavam 2/3 da produção mundial. Já em 2024, os 5 maiores produtores de algodão eram: China, Índia, Brasil, EUA e Paquistão, representando 77 % da quantidade produzida.

Em Julho/24, conforme divulgado pela Agência Brasil, o Brasil se tornou, oficialmente, e pela primeira vez na história, o maior exportador de algodão do mundo, superando os EUA. Na verdade, os EUA tiveram uma quebra de safra; e o Brasil aumentou a área plantada e também a produção, em virtude do remanejamento de culturas (de soja para algodão).

O desempenho da safra 2023/24 de algodão, com a colheita de mais de 3,7 milhões de toneladas, elevou nossa posição no ranking mundial desse produto. O país também se tornou, oficialmente, e pela primeira vez na história, o maior exportador de algodão do mundo, superando os EUA. A meta estabelecida pelo governo e instituições particulares, prevista apenas para 2030, foi alcançada em 2024!

Os órgãos governamentais informam que 82,5 % da safra local tem certificação (ambiental, saúde e segurança dos trabalhadores); e que 84,0 % das propriedades agrícolas estão comprometidas com a certificação sócio ambiental. É importante que todos estejam focados na sustentabilidade do negócio algodão.

Os principais mercados importadores do algodão brasileiro são: China, Vietnã, Bangladesh, Turquia e Paquistão. Os estados brasileiros com maior participação na produção local de algodão são: Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul.

Em 5 anos o país dobrou sua produção anual. A produtividade brasileira é a maior do mundo (1.780 kg por hectare). A previsão da safra 2025/26 é de um crescimento físico de 5,7% em relação ao período anterior (2023/2024). Como os preços da soja estão aquém da expectativa dos agricultores, é possível que haja pequena tendência de troca de culturas, beneficiando os integrantes da cultura do algodão.

Concluindo esta breve viagem, espero que ela nos traga otimismo econômico; gratidão ao Criador pelo país tropical que nos concedeu; pelo clima, sol e água com que fomos agraciados. Empresário amigo: anime-se, vamos trabalhar, produzir e exportar. Há um mercado externo pujante, à nossa espera. E isso só depende de mim e de você. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

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