O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve a condenação de Gabriel Henrique Santos Souza Masioli a 33 anos e 1 mês de prisão pelo homicídio qualificado de uma mulher, ocorrido em fevereiro de 2022, em Pimenta Bueno.
O crime foi praticado no contexto de violência doméstica, e a vítima estava grávida do acusado no momento do assassinato.
As Promotoras de Justiça Luciana Maria Rocha Ponte Damasceno e Rafaela Afonso Barreto representaram o MPRO no Tribunal do Júri. “A condenação reflete a brutalidade do ato praticado e a necessidade de justiça para a vítima e sua família. O feminicídio é um crime que precisa ser combatido com rigor, e essa decisão demonstra que a violência contra a mulher não ficará impune”, destacou a promotora Rafaela.
O crime
Na noite de 2 de fevereiro de 2022, no bairro Vila Nova, o acusado asfixiou a vítima até a inconsciência com um golpe conhecido como “mata-leão”. Em seguida, ao perceber que ela ainda estava viva, desferiu um golpe de faca em seu pescoço, tirando-lhe a vida.
O feminicídio foi motivado pelo desejo do réu de ocultar a gravidez da vítima e o relacionamento extraconjugal que mantinha com ela. O crime foi cometido com extrema crueldade, causando intenso sofrimento físico e mental à vítima, além de ter sido praticado de forma que dificultou sua defesa.
O Tribunal do Júri reconheceu todas as qualificadoras apresentadas pelo MPRO, incluindo motivo torpe, crueldade, uso de meio que impediu a defesa da vítima e a agravante do feminicídio contra gestante.
Frieza e dissimulação
Após o “mata-leão”, o réu demonstrou frieza ao perguntar à vítima, já desacordada, se ainda estava viva. Diante de um sinal afirmativo com os olhos, ele a matou com um golpe de faca. Em seguida, tentou ocultar provas jogando o celular da vítima, a faca usada no crime e roupas de bebê em um rio.
Denuncie a violência contra mulheres
Todas as mulheres e meninas têm direito à vida, à segurança, à dignidade e à liberdade. O MPRO segue comprometido em atuar na prevenção e garantir que crimes como esse não fiquem impunes, reforçando o combate ao feminicídio e à violência contra as mulheres.
Em situações de emergência, busque ajuda imediatamente. Ligue para o 190 para pedir socorro. Para denúncias, entre em contato com a Ouvidoria do MPRO pelo número 127 ou pelo formulário online.
