
Na tarde de sábado (10), uma ocorrência de violência doméstica mobilizou equipes da Polícia Militar no bairro Embratel, em Vilhena. De acordo com informações apuradas pelo Extra de Rondônia, a guarnição foi acionada após uma mulher relatar agressões cometidas por seu companheiro.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a vítima visivelmente abalada. Ela contou que o marido teria agido com violência física contra a filha do casal, desferindo uma “sentada” na criança. Revoltada com a atitude, a mulher interpelou o agressor, dando início a um novo episódio de violência.
Segundo o relato da vítima, o homem tomou seu celular e o destruiu. Em seguida, a segurou pelo pescoço em um ato de tentativa de estrangulamento, cessando a agressão apenas após perceber a gravidade do ato. A mulher relatou ainda que, em razão das agressões e do histórico de conflitos no relacionamento, manifestou sua intenção de retornar para Minas Gerais, seu estado de origem, levando as filhas consigo.
Essa declaração teria provocado nova reação violenta do suspeito, que a ameaçou de morte: “Você não vai tirar minhas filhas de mim, nem que eu tenha que te matar”, teria dito o agressor.
Confrontado pelas autoridades, o homem confirmou ter quebrado o celular da esposa e admitiu que a segurou pelo pescoço, mas alegou ter interrompido a ação por conta própria. Ele também afirmou não aceitar a possibilidade de as filhas serem levadas para outro estado.
Diante das evidências, foi dada voz de prisão ao suspeito, que foi encaminhado à Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP), com o apoio de outras viaturas. A vítima também foi conduzida à delegacia para os procedimentos legais. As crianças ficaram sob os cuidados dos avós paternos, conforme orientação da equipe policial e da própria mãe.
A proteção da mulher pela Lei Maria da Penha
O caso será investigado com base na Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que tem como objetivo coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A legislação abrange diversas formas de violência, física, psicológica, moral, sexual e patrimonial, e prevê medidas protetivas de urgência para garantir a segurança da vítima e de seus dependentes.
A tentativa de estrangulamento e as ameaças relatadas configuram graves violações da lei, que prevê penas mais rígidas para agressores em ambiente doméstico. A atuação rápida da Polícia Militar e a condução do suspeito para a UNISP reforçam a importância da denúncia e do enfrentamento à violência contra a mulher.