
Centenas de pessoas se dirigiram à Corumbiara no sábado, 09 de agosto, para relembrar os 30 anos do maior conflito agrário de Rondônia.
Por volta de 10h, dezenas de pessoas já se concentravam na praça da igreja matriz. Entre os presentes estavam várias vítimas da ação da PM que, conforme relatos, atacou o acampamento na madrugada do dia 09 de agosto de 1995.
O ato foi convocado pelo Comitê em Defesa das Vítimas de Santa Elina (CODEVISE) e outras entidades.
Em passeata pelas ruas de Corumbiara, os representantes de entidades presentes homenagearam as vítimas, denunciaram a falência da reforma agrária no Brasil, a indenização para todas as vítimas do conflito, a criminalização da luta pela terra e inúmeras outras situações de violências cometidas contra os camponeses, indígenas e trabalhadores.
Representantes indígenas denunciaram a invasão de seus territórios e exigiram a demarcação de territórios tradicionais já identificados. As famílias que vivem na antiga fazenda Santa Elina, onde hoje existem os assentamentos Zé Bentão, Renato Nathan, Alzira Monteiro, Alberico Carvalho e Maranatã 1 e 2, denunciaram que não tem acesso à crédito, o que tem dificultado sua situação para produzir e comercializar sua produção.
Ainda, no 09 de agosto, professores e estudantes do IFRO e da UNIR, além de representantes de entidades, advogados, indígenas e médicos estiveram na antiga sede da fazenda Santa Elina, na escola Água Viva, onde puderam conhecer melhor a situação vivida pelas famílias que lá residem, levantando demanda para outras ações de pesquisa e extensão. Na oportunidade, também foi prestado consultas e atendimento médico.
Outras atividades também foram realizadas na ocasião. Um culto ecumênico e uma missa organizadas pela Igreja Católica, Fetagro e Sindicatos expressaram a memória das vítimas e também relembraram a necessidade de indenizações.











