
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou ter vivenciado problemas em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) nesta quinta-feira (2) no Pará. Segundo explicou o chefe do Executivo, ele estava indo para Breves, no arquipélago do Marajó, para cumprir agenda oficial, quando o defeito ocorreu, antes da equipe decolar.
“Ontem [quinta-feira] aconteceu muito problema comigo no avião. Eu fui pegar o avião para a Ilha do Marajó e teve um problema no motor. Um avião da Força Aérea Brasileira. E eu só tenho a agradecer a Deus porque poderia ter tido um problema quando eu tive no ar e teve quando estava em terra”, relatou.
O presidente detalhou que a equipe precisou descer da aeronave “com medo que o avião pegasse fogo”. As declarações de Lula foram dadas em entrevista nesta sexta-feira (3) a uma TV local do estado.
Breves tem aproximadamente 106 mil moradores e fica a cerca de 200 quilômetros de Belém e 12 horas de barco. A cidade é a mais populosa do Marajó e é considerada a capital do arquipélago.
Em nota, o governo federal explicou que, inicialmente, “o trajeto seria feito em um C-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira, que não integra a frota presidencial, mas foi escolhido por ser adequado às condições da pista no município de destino”.
“O avião é usado com frequência para transporte de tropas e cargas, além do deslocamento do presidente quando é necessário pousar em pistas curtas. Ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores, foi identificado um problema técnico-operacional na aeronave. Por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva (sempre disponível nas missões presidenciais). O modelo utilizado foi um C-97 Brasília”, explicou.
Segundo o texto, “o voo foi realizado normalmente e o presidente cumpriu toda a agenda prevista em Breves em segurança e sem alterações no roteiro”.
Agendas públicas
Nesta quinta-feira, o petista participou de duas agendas em Breves (PA): a inauguração de uma creche e a cerimônia de entrega das obras do Ministério da Educação na Ilha de Marajó.
Com um investimento de R$ 126,9 milhões do Novo PAC, a obra teve início em 2011 e foi paralisada nos últimos anos, junto a outras 100 na região.
Lula estava acompanhado dos ministros da Educação, Camilo Santana, da Casa Civil, Rui Costa, e do Turismo, Celso Sabino.
As agendas podem ser as últimas de Sabino à frente da pasta — ele pediu demissão do cargo na sexta-feira (26), após ultimato do partido ao qual é filiado, o União Brasil. O ministro informou, contudo, que ficaria na função até a visita de Lula às obras em Belém.
Depois de retornar para a capital paraense, ele visitou às instalações da Estação de Tratamento de Esgoto Una e participou da cerimônia de anúncios de investimentos em drenagem e inauguração do Parque Linear da Nova Doca, em Belém.
Balanço
Durante vistorias técnicas recentes, o governo federal fez um balanço positivo das obras para a realização da COP30.
Segundo a Casa Civil, mais de R$ 4 bilhões de recursos federais já foram investidos em Belém para adequar infraestrutura urbana, drenagem de canais, saneamento, mobilidade e espaços públicos.
O governo anunciou que estão praticamente prontas estruturas como o Parque da Cidade (99% de execução declarada) e a revitalização do Porto Futuro 2 (99% concluído).











