
Na madrugada desta sexta-feira, 10 de outubro de 2025, a Polícia Civil do Estado de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2), e o Ministério Público de Rondônia, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram a Operação Face Oculta, com o objetivo de cumprir 26 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de afastamento cautelar de função pública.
As medidas, expedidas pela 2ª Vara de Garantias de Porto Velho, também determinam a proibição de acesso à Câmara Municipal e de contato entre os servidores públicos investigados.
De acordo com as investigações conduzidas pela Draco 2 em parceria com o Gaeco, o caso apura a suposta prática dos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, envolvendo um vereador de Porto Velho, cinco assessores parlamentares e outros investigados. O esquema, segundo a polícia, estaria relacionado à prática conhecida como “rachadinha” — quando parte do salário de assessores é desviada e apropriada pelo parlamentar — e à existência de “funcionários fantasmas”.
Os mandados estão sendo cumpridos por equipes do Departamento de Combate ao Crime Organizado (Decco), Dracos 1 e 2, Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor), Delegacia de Assuntos Penitenciários, Gerência Administrativa e Financeira (GAF), Denarc, Caex e Gaeco. As buscas ocorrem no gabinete do vereador na Câmara Municipal de Porto Velho, além de residências, empresas e uma associação cultural ligadas aos suspeitos.
As medidas de afastamento cautelar, com prazo inicial de 30 dias, atingem o vereador e os cinco assessores parlamentares.
O nome da operação, “Face Oculta”, faz referência à parte “oculta” da remuneração dos assessores, que, segundo a investigação, era desviada e apropriada pelo parlamentar, ocultando a verdadeira destinação dos valores.











