sexta-feira, 05 de dezembro de 2025.

Mercado do açúcar recua mais de 2% e se consolida em 14 cents por libra-peso em NY

Pressão sobre os preços reflete o cenário de oferta global robusta e a desaceleração da demanda
Cana: Imagem / Reprodução Internet

Nesta segunda-feira (27), o mercado do açúcar registra quedas expressivas, com os principais vencimentos em Nova Iorque consolidando-se no patamar de 14 cents por libra-peso.

O contrato março/26 é negociado a 14.62 cents (-2.34%), maio/26 a 14.16 cents (-2.21%) e julho/26 a 14.07 cents (-2.02%). Em Londres, o contrato dezembro/25 caiu para US$ 420.70 por tonelada (-2.46%).

A pressão sobre os preços reflete o cenário de oferta global robusta e a desaceleração da demanda. No Brasil, o total de navios aguardando para embarcar açúcar nos portos caiu para 86 na semana encerrada em 22 de outubro, ante 90 na semana anterior, segundo a agência marítima Williams Brasil. O volume agendado para carregamento também recuou, de 3,727 milhões de toneladas para 3,391 milhões de toneladas no mesmo período.

As exportações brasileiras de açúcar em outubro mostram um cenário misto. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a receita diária média obtida com as exportações de açúcar e outros melaços foi de US$ 74,002 milhões, com 13 dias úteis, totalizando 2.334.621 toneladas exportadas no mês, gerando uma receita de US$ 962,296 milhões. O preço médio por tonelada foi de US$ 412,20.

Na comparação com outubro de 2024, houve uma queda de 8,1% na receita diária média (US$ 80,548 milhões em 2024), enquanto o volume médio diário exportado subiu 5,9%, de 169,516 mil toneladas para 179,586 mil toneladas. No entanto, o preço médio por tonelada caiu 13,3%, de US$ 475,20 em 2024 para US$ 412,20 em 2025, refletindo a pressão de preços no mercado internacional.

O mercado segue atento ao comportamento das exportações brasileiras e ao impacto de uma safra global superavitária, que continua pressionando os preços para baixo. A combinação de oferta abundante e preços mais baixos exige cautela e planejamento estratégico por parte dos produtores e usinas para enfrentar o cenário desafiador.

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