sábado, 06 de dezembro de 2025.

Em meio à crise com tarifas dos EUA, ministra cita Vilhena ao falar de ferrovia que interligará Atlântico ao Pacífico

Tebet acompanhou comitiva do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Rondônia
Ferrovia passará por Vilhena, cidade pólo do Cone Sul do Estado de Rondônia / Foto: Extra de Rondônia

O município de Vilhena está na rota do projeto de ferrovia que interligará os oceanos Atlântico e Pacífico.

A confirmação é da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que esteve na última sexta-feira, 8, em Porto Velho, acompanhando a comitiva do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seu discurso, Tebet lembrou que a China vai ser parceira do Brasil em um projeto que vai integrar a ferrovia. “Vai ser a primeira ferrovia a interligar dois oceanos, o Atlântico na Bahia, passando por Goiás, rasgando o estado de Mato Grosso, chegando em Vilhena, aqui em Rondônia, chegando em Porto Velho, indo para o Acre e chegando no Peru, para fazer com que os nossos produtos cheguem mais rápidos para a Ásia e tragam os produtos da Ásia para cá”, disse. (Assista ao vídeo AQUI).

Ela ressaltou a parceria do Brasil com a China em áreas estratégicas e que os EUA “não podem se enganar”.  “Temos sim que respeitar os Estados Unidos, nós precisamos dos Estados Unidos como parceiros comerciais, é verdade, mas os Estados Unidos não pode se enganar, o nosso maior parceiro comercial hoje é a China, é a Ásia”, afirmou.

Se dirigindo ao também presente presidente da Bolívia, Luis Arce, Tebet ainda acrescentou que “se a América do Sul fosse um país, ela seria o nosso segundo parceiro comercial”, “à frente dos Estados Unidos.”

A fala de Tebet acontece em meio ao contexto de tensão diplomática e econômica entre Estados Unidos e Brasil, com os americanos tendo aplicado tarifas de 50% contra uma série de produtos brasileiros.

A medida foi tomada pelo presidente americano, Donald Trump, em meio a investigações de seu país contra práticas comerciais brasileiras consideradas “desleais” e críticas contra a atuação do judiciário brasileiro em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Rota da ferrovia que interligará os aceanos Atlântico e Pacífico / Foto: Divulgação

 

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