
Um morador do bairro Cristo Rei, em Vilhena, contesta uma cobrança emitida pela Energisa Rondônia que aponta a existência de suposta irregularidade no medidor de energia elétrica de sua residência, com cobrança retroativa referente a 12 meses de consumo.
Em entrevista ao Extra de Rondônia, Paulo de Souza, de 59 anos, afirmou que os valores de consumo registrados em suas faturas de energia ao longo de 2023 e 2024 permanecem semelhantes aos valores cobrados após a instalação do novo medidor, em 2025. Segundo ele, essa constância descaracteriza a alegação de desvio ou consumo não registrado. “Os valores são praticamente os mesmos. Antes e depois da troca do relógio, o consumo não mudou”, declarou.
De acordo com o entrevistado, os talões de energia dos últimos anos demonstram um padrão regular de consumo. “Tenho contas de 2023, 2024 e agora de 2025, já com o medidor novo, e os valores são compatíveis. Não houve aumento que justifique dizer que tinha irregularidade”, afirmou.

Paulo de Souza relatou ainda que vinha solicitando a substituição do medidor desde o período em que a Ceron era responsável pelo fornecimento de energia. “Sempre pedi para trocar o relógio. Diziam que não precisava, que estava dentro da garantia e funcionando normalmente”, contou.
Sobre a troca do equipamento, ele afirmou que o procedimento foi realizado por técnicos da concessionária sem qualquer alerta prévio. “Eles trocaram o medidor, colocaram o novo e disseram que estava tudo certo. Em nenhum momento falaram de irregularidade, nem chamaram polícia ou fizeram qualquer notificação na hora”, relatou.
Segundo o morador, a notificação da Energisa chegou cerca de dois meses depois, informando a cobrança de R$ 1.787,57 referente à recuperação de consumo. “Aí me pergunto: como pode dizer que tinha desvio se eu estava lá, acompanhei tudo e não me informaram nada?”, questionou.
O documento, datado de 29 de agosto de 2025, aponta suposto “desvio de energia ligado direto nos bornes do medidor”, com base na Resolução nº 1000/2021 da ANEEL, e prevê possibilidade de parcelamento ou contestação administrativa.
Paulo de Souza afirmou que pretende apresentar recurso. “Vou contestar, porque não faz sentido. O consumo sempre foi o mesmo, os valores estão nos talões, e nunca fiz nada irregular”, concluiu.
O espaço permanece aberto para manifestação da Energisa Rondônia.









