
O governo dos Estados Unidos anunciou a suspensão da tarifa adicional de 40% que incidia sobre uma série de produtos agrícolas brasileiros desde julho.
A decisão, oficializada por uma Ordem Executiva assinada pelo presidente Donald Trump, foi recebida com otimismo por produtores e exportadores do país, que veem na medida uma oportunidade para retomar o acesso ao mercado norte-americano, o maior importador mundial de alimentos.
Entre os produtos beneficiados estão café, carne bovina, açaí, tomate, goiaba, manga, banana e cacau, todos com grande relevância para a pauta de exportações do agronegócio brasileiro.
MEDIDA RETROATIVA FAVORECE IMPORTADORES E PODE GERAR REEMBOLSOS
A suspensão da tarifa tem efeito retroativo a 13 de novembro, contemplando todas as cargas liberadas nos Estados Unidos a partir dessa data. Com isso, importadores norte-americanos poderão solicitar a devolução dos valores pagos ao U.S. Customs and Border Protection em função da taxa adicional.
A restituição deve movimentar milhões de dólares nas próximas semanas, especialmente entre traders e frigoríficos brasileiros que mantiveram embarques mesmo com os custos extras gerados pela sobretaxa.
SETORES EXCLUÍDOS MANTÊM PRESSÃO POR NOVAS NEGOCIAÇÕES
Para Carol Monteiro, advogada especialista em comércio internacional e sócia do escritório Monteiro & Weiss Trade, a medida é um passo importante, mas não contempla todos os setores afetados. “A retirada de alguns produtos da lista abre espaço para novas negociações, mas é importante destacar que áreas como a de pescados ficaram de fora. Esse segmento, que tem forte presença no Nordeste, ainda depende de avanços nas tratativas com os Estados Unidos”, explica a especialista.
Ela destaca que a expectativa é de ampliação da lista de exceções tarifárias nas próximas rodadas de diálogo entre os dois países (Leia a matéria completa AQUI).













