O Ministério Público de Rondônia (MPRO) denunciou à Justiça os acusados pelo atentado ao prédio do jornal eletrônico Rondoniaovivo, ocorrido em 12 de novembro de 2022, em Porto Velho (RO).
Os denunciados, E.B, de 31 anos, e R.F, conhecido como “Paulista”, foram apontados como responsáveis pelos crimes de dano qualificado e disparo de arma de fogo em via pública.
A denúncia foi protocolada na 4ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho na última sexta-feira (6) e é um desdobramento da Operação “Tango”, deflagrada em 2 de agosto de 2023. A investigação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Federal.
Segundo o inquérito, o atentado teria sido motivado por reportagens publicadas pelo Rondoniaovivo que revelaram que E.B utilizava indevidamente uniforme da Polícia Militar, apresentando-se como policial. Além disso, os denunciados teriam agido em represália a matérias do jornal que criticavam os atos antidemocráticos realizados após as eleições de 2022, os quais incluíram manifestações e bloqueios de rodovias.
Durante a Operação “Tango”, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra os investigados. O inquérito concluiu que os acusados agiram com o objetivo de intimidar o jornal, seus profissionais e outras pessoas com opiniões divergentes, configurando grave violação à liberdade de expressão e imprensa.
O MP solicitou a condenação dos denunciados a penas privativas de liberdade e à fixação de indenizações por danos materiais ao Rondoniaovivo, bem como por dano moral coletivo, devido à afronta ao direito à informação e à liberdade de imprensa.
O processo segue em tramitação, com garantia de ampla defesa aos acusados. O caso será analisado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia.